Benjamin Netanyahu viaja aos EUA neste domingo para encontrar Trump

Benjamin Netanyahu viaja aos EUA neste domingo para encontrar Trump

Será a primeira visita internacional do segundo mandato do norte-americano. O presidente dos EUA, Donald Trump, cumprimenta o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no Salão Oval da Casa Branca
Reuters/Kevin Lamarque
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, viaja neste domingo (2) para um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Será a primeira visita internacional do segundo mandato do norte-americano.
O encontro acontece em meio ao cessar-fogo entre Israel e Hamas, que entrou em vigor no dia 19. O acordo pode colocar um fim definitivo na guerra após mais de seis meses de negociações. As conversas foram mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito.
Entre os debates, estará uma das questoes mais polêmicas do acordo: quem governará Gaza depois da guerra. Israel rejeitou qualquer envolvimento do Hamas, que governava Gaza antes da guerra, mas se opôs quase igualmente ao governo da Autoridade Palestina, o órgão criado pelos acordos de paz provisórios de Oslo há três décadas e que tem poder de governo limitado na Cisjordânia.
Trump chegou a sugerir na semana passada que os moradores da Faixa de Gaza deixem a região para que seja feita uma limpeza e afirmou defender que Egito e Jordânia recebam palestinos.
As falas de Trump levantam preocupações sobre uma saída generalizada de palestinos da Faixa de Gaza, o que poderia resultar no “apagamento” do grupo na região e enfraquecer a proposta para a criação do Estado da Palestina.
Ministros das Relações Exteriores de países árabes rejeitaram neste sábado (1º) a transferência de palestinos sob quaisquer circunstâncias.
Em declaração conjunta, autoridades de Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Autoridade Palestina e Liga Árabe disseram que uma transferência ameaçaria a estabilidade da região, espalharia conflitos e prejudicaria as perspectivas de paz.
“Afirmamos nossa rejeição a (qualquer tentativa de) comprometer os direitos inalienáveis dos palestinos, seja por meio de atividades de assentamento, despejos ou anexação de terras ou por meio da desocupação das terras de seus proprietários… de qualquer forma ou sob quaisquer circunstâncias ou justificativas”, diz a declaração conjunta.
Na quarta-feira, o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi rejeitou a ideia de o Egito facilitar o deslocamento dos moradores de Gaza e disse que os egípcios sairiam às ruas para expressar sua desaprovação.
Mas, na quinta-feira, Trump reiterou a ideia, dizendo: “Fazemos muito por eles, e eles vão fazer (isso)”, em aparente referência à abundante ajuda dos EUA, incluindo assistência militar, tanto ao Egito quanto à Jordânia.
Também neste sábado, al-Sisi e Trump conversaram por telefone e concordaram sobre a necessidade de consolidar o acordo, e continuar a implementar a primeira e a segunda fases do acordo. Ambos concordaram sobre a importância da coordenação e cooperação contínuas entre os dois países.
Sisi convidou Trump a visitar o Egito o mais rápido possível para discutir problemas no Oriente Médio. Os dois presidentes também discutiram a necessidade de fortalecer seus laços econômicos e de investimento.
Essa reportagem está em atualização.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/02/01/netanyahu-viaja-para-os-eua-para-encontrar-trump.ghtml

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