Manifestantes brasileiros no exterior se mobilizam para pedir anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro. Organizados em diversas cidades, incluindo pontos estratégicos como Washington D.C., Nova York e Orlando, o movimento pretende amplificar a demanda por liberdade aos detidos.
Em entrevista ao Jornal da Oeste desta sexta-feira, 14, Larissa Martins, uma das líderes do movimento e residente na Flórida, explicou que os protestos internacionais ocorrerão um dia antes das manifestações programadas no Brasil.
“Vamos estar aqui no exterior dando o pontapé inicial na manifestação, mostrando a nossa indignação também, exigindo anistia já”, afirmou Larissa. Segundo ela, a antecipação tem o objetivo de “dar gás e força para os nossos irmãos brasileiros” que protestarão em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Os atos de anistia ocorrem em várias cidades dos Estados Unidos e em outros países. Nos EUA, as manifestações ocorrerão em Fort Lauderdale, Orlando, Nova York e Washington D.C., onde os manifestantes devem se reunir em frente à Casa Branca.
Na Europa, haverá manifestações em Londres, na Inglaterra; em Roma, na Itália; em Zurique, na Suíça; em Barcelona, na Espanha; em Paris, na França; e em Lisboa, em Portugal. Já no Canadá, a manifestação será em Toronto. Confira abaixo:
15/03
- Fort Lauderdale (EUA): 2901 E Las Olas Boulevard, às 16h
- Orlando (EUA): International Dr, em frente à estátua do Ronaldinho Gaúcho, às 16h
- Nova York (EUA): Escadaria da Coca-Cola na Times Square, às 12h
- Washington, D.C. (EUA): 1600 Pennsylvania Ave NW, em frente à Casa Branca, às 16h
- Londres (Inglaterra): Parliament Square Garden, às 14h
- Zurique (Suíça): Estação de Trem Central (HB Zurich), às 15h
- Roma (Itália): Piazza Navona, às 15h30
- Lisboa (Portugal): Praça do Comércio, às 16h
- Barcelona (Espanha): Arco del Triunfo, às 18h
16/03
- Toronto (Canadá): Dufferin Grove Park, às 14h
- Paris (França): Place de la Reine Astrid, às 15h
Brasileiros pela anistia
A participação ativa da comunidade brasileira tem sido destacada por Larissa. “A comunidade brasileira aqui é muito engajada, desde 2018 estamos nessa luta junto com o presidente”, declarou, em referência a Jair Bolsonaro.
A repercussão dos protestos entre os norte-americanos também foi abordada na entrevista. De acordo com Larissa, muitos deles não compreendem a severidade das punições aplicadas aos manifestantes de 8 de janeiro.
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“Os americanos aqui não entendem essa arbitrariedade”, afirmou, ao comparar a situação ao que ocorreu nos protestos no Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Larissa enfatizou que a reação ao movimento brasileiro foi recebida com perplexidade por aqueles com quem conversou.
O movimento tem atraído a atenção de políticos norte-americanos, que acompanham de perto a situação política no Brasil. Entre os congressistas que demonstraram interesse na causa, estão o deputado federal Chris Smith e os senadores Rick Scott e Maria Elvira Salazar, ambos da Flórida.
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