Aliados do governo Lula ocupam conselhos de estatais sem formação específica

Aliados do governo Lula ocupam conselhos de estatais sem formação específica

O governo Lula tem nomeado para conselhos de administração de estatais pessoas ligadas ao PT e integrantes da atual gestão sem formação compatível com a área das companhias. A legislação exige que os indicados tenham escolaridade relacionada, experiência profissional e reputação ilibada.

Os conselhos são responsáveis por definir diretrizes e fiscalizar as empresas, e os representantes recebem remuneração adicional, conhecida como jeton. Em alguns casos, o pagamento é mensal. Em outros, ocorre por participação em reuniões.

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Segundo dados do Ministério da Gestão, o valor varia de R$ 1,7 mil, no conselho da Termobahia (subsidiária da Petrobras), a R$ 13,8 mil mensais, no colegiado da Petrobras.

Levantamento do jornal Folha de S.Paulo aponta casos em que os conselheiros têm formação distante das exigidas por lei. Algumas indicações parecem atender a critérios políticos. Quem sugere os nomes são o ministério responsável pela área e a pasta da Gestão, que pode indicar um representante por empresa.

Governo Lula indicou mulher de Haddad para conselho

Ana Estela Haddad, 58, é conselheira da Dataprev, estatal responsável por armazenar e processar dados de benefícios sociais. É mulher do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O cargo no conselho rende R$ 4,1 mil por mês.

Com formação em odontologia, ela é mestre e doutora em ciências odontológicas e professora titular da Universidade de São Paulo. Atua como secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde.

Ana Estela Haddad e Fernando Haddad | Foto: Reprodução/ Redes Sociais

O Ministério da Gestão afirmou que todos os conselheiros indicados atendem aos critérios legais de formação e experiência. A pasta, no entanto, não detalhou quais pontos dos currículos justificam as nomeações.

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“A compatibilidade entre a formação acadêmica, a experiência profissional e o cargo é verificada no momento da submissão da candidatura ao comitê de elegibilidade de cada empresa estatal, a quem cabe atestar que o conhecimento acadêmico do indicado o torna apto e capaz de exercer adequadamente as atribuições do cargo”, afirmou o ministério.

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