O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 5, que pretende concluir ainda neste ano o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE).
Em Paris, Lula declarou que aproveitará a presidência rotativa do bloco sul-americano, que o Brasil assumirá no segundo semestre, para finalizar as negociações.
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Durante encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, ele pediu apoio direto ao líder europeu: “Abra seu coração para o acordo com o Mercosul”.
Macron tem sido um dos principais opositores ao tratado. Em sua resposta, o presidente da França reiterou apoio ao livre-comércio, mas ressaltou preocupações com os impactos sobre o setor agrícola europeu.
“A França é a favor do livre-comércio”, disse Macron. “Mas este acordo, no momento estratégico que vivemos, cria um risco para a agricultura na Europa. Nós pedimos a nossos agricultores que mudassem suas práticas, mas os países do Mercosul não estão no mesmo nível regulamentar.”
Lula quer reduzir tarifas entre os blocos
O acordo prevê a redução de tarifas para bens comercializados entre os blocos. No caso do Mercosul, o corte será imediato ou escalonado ao longo de até 15 anos, a depender do setor.
Algumas exceções incluem a indústria automotiva. Para a União Europeia, os prazos variam de quatro a 12 anos. Segundo o governo brasileiro, a proposta cobre 91% das importações do Brasil provenientes da UE.
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Já os europeus se comprometeriam a liberar 95% dos produtos brasileiros exportados ao continente.
O tratado, se aprovado, envolverá um mercado estimado em 720 milhões de pessoas. O Planalto considera o avanço das negociações como uma resposta à ascensão de políticas unilaterais no comércio global.
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