O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, minimizou a desaprovação recorde do governo verificada em uma pesquisa da Genial/Quaest. Ao conversar com jornalistas, na saída da cerimônia pelo Dia Mundial do Meio Ambiente no Planalto, nesta quinta-feira, 5, Alckmin disse que o levantamento mostra o “retrato de um momento” e que o quadro deve mudar nas próximas pesquisas.
De acordo com o a pesquisa da Genial/Quaest, divulgado na quarta-feira 4, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é desaprovado por 57% dos eleitores. É o pior resultado desde fevereiro de 2023.
Além disso, 61% dos eleitores disseram que o Brasil está na direção errada. O porcentual está acima do registrado em março (56%) e janeiro (50%).
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Em seguida, Alckmin relacionou o resultado negativo à inflação, ao aumento do preço do dólar e ao impacto do clima na safra do ano passado.
“Tivemos aumento do dólar muito forte, chegamos a R$ 6,20”, afirmou. “Isso afeta a inflação. Em especial, a inflação de alimentos. Isso deve mudar, porque o clima no ano passado foi muito ruim, derruba a safra e o preço sobe. Devemos ter uma safra recorde neste ano, o que deve fazer cair o preço dos alimentos e a inflação.”
Desaprovação cresceu em reduto petista
A pesquisa ainda mostrou o crescimento da desaprovação do governo Lula dentro da faixa da população de menor renda.
É a primeira vez que uma pesquisa registra 49% de desaprovação do governo petista entre eleitores que ganham até dois salários mínimos. Em julho de 2024, o governo tinha o apoio de 69% desse eleitorado.
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A desaprovação também cresceu entre católicos e passou da aprovação pela primeira vez. Ao todo, 53% dos eleitores que se declararam católicos disseram desaprovar o governo, contra 45% que se mostraram favoráveis à gestão petista.
Os pesquisadores ouviram pouco mais de 2 mil pessoas em 120 cidades, entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, com grau de confiança de 95%.
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