Uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira, 13, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), resultou na prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e de Gilson Machado (PL), ex-ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro, no Recife.
Na mesma ação, agentes cumpriram mandados de busca na residência do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em Brasília, e o convocaram para prestar depoimento. Minutos depois, a ordem de prisão foi revogada pelo STF, segundo a imprensa.
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O advogado de Cid, Cezar Bitencourt, informou que a prisão de seu cliente foi revogada. “A prisão foi revogada. Eu estou do lado do Cid.” A assessoria do STF, no entanto, afirmou que Mauro Cid não foi preso.
A investigação sobre Machado foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República, que enviou na terça-feira 10, o pedido ao STF.
Suspeitas sobre obtenção de passaporte
De acordo com a PF, existem indícios de que Machado teria atuado no consulado de Portugal no Recife, no mês passado, com o objetivo de obter um passaporte português para Mauro Cid.
O procurador-geral Paulo Gonet detalhou que, segundo a polícia, a intenção era facilitar a saída de Cid do Brasil, mas o ex-ministro não teria conseguido emitir o documento.
Gilson Machado negou “veementemente ter ido a qualquer consulado”. Ele explicou que apenas fez um contato telefônico em maio para marcar a renovação do passaporte de seu pai, “o qual foi feito após dita solicitação”.
Ex-presidente da Embratur, Machado disputou o Senado por Pernambuco em 2022 e a Prefeitura do Recife em 2024, sem sucesso.
A reportagem de Veja sobre Mauro Cid
A operação da PF ocorreu um dia depois de a revista Veja ter publicado um reportagem na qual afirma que Mauro Cid mentiu no interrogatório que o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou nesta semana. A revista afirma que teve acesso a mensagens supostamente trocadas entre o tenente-coronel e uma pessoa próxima a Bolsonaro, por meio de um perfil do Instagram.
Cid firmou acordo de colaboração premiada com a Justiça. Em troca de benefícios, relatou à Polícia Federal (PF) um suposto plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de 2022.
A defesa afirmou que as mensagens são montagens.
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