O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) deve disputar o Senado nas eleições de 2026 por Santa Catarina. Conforme seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, houve um debate sobre a decisão entre os dois e o governador do Estado de SC, Jorginho Mello, também do PL.
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Em entrevista ao portal Metrópoles publicada nesta quinta-feira, 26, Bolsonaro relatou que conversou com Jorginho sobre duas vagas ao Senado: “Uma para você e outra para mim”.
“A minha indicação ficou com o Carlos Bolsonaro”, revelou o ex-presidente. “A dele, com a [deputada federal] Carol De Toni (PL-SC). Se não fosse esse garoto, que trabalha para mim desde 2010, eu não teria a visibilidade que conquistei nas redes.”
Estratégia eleitoral de Bolsonaro e impacto no grupo político
Jair Bolsonaro explicou ainda que, caso Carlos se candidatasse à Câmara dos Deputados pelo Rio de Janeiro, isso poderia dificultar a eleição de aliados, como Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Hélio Lopes (PL-RJ), pois haveria divisão de votos entre o grupo. O ex-presidente acrescentou que, para o Senado no Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) buscará a reeleição.
Bolsonaro disse que, depois de conversar com o filho, Carlos solicitou disputar o Senado por outro Estado. “Eu topei e escolhi Santa Catarina”, declarou. O líder do PL também disse que tem ciência de que a escolha já enfrenta críticas de alguns aliados.
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A discussão sobre a possível candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina em 2026 provocou reações entre representantes do setor industrial do Estado. Eles questionaram a chegada de nomes de fora para a disputa de cargos importantes.
A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) manifestou preocupação diante da possibilidade de mudança do domicílio eleitoral do vereador carioca para concorrer pelo Estado. O político é conhecido por seu perfil conservador e forte base de apoio ao ex-presidente e pai, Jair Bolsonaro.
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A Fiesc destacou em nota que Santa Catarina não necessita “importar candidato” para o Congresso Nacional. Reforçou, ainda, a confiança nas lideranças locais, consideradas “preparadas e legítimas” para exercer a representação política do Estado.
“A indústria catarinense defende que a voz do Estado em Brasília deve ser constituída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na profunda conexão com os catarinenses — e não por imposições externas”, afirmou a nota da Fiesc.
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