Imprensa internacional repercute decisão do STF sobre regulação da redes

Imprensa internacional repercute decisão do STF sobre regulação da redes

Jornais como o norte-americano Washington Post e o francês Le Monde noticiaram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de criar uma regulação das redes sociais no Brasil.

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Segundo o Post, a decisão do STF “incomodou a relação entre a nação sul-americana e o governo dos EUA”. “Os críticos expressaram preocupação de que a medida possa ameaçar a liberdade de expressão se as plataformas removerem preventivamente conteúdo que possa ser problemático.”

Le Monde diz que o Brasil, “onde um juiz da Suprema Corte tirou o X de Elon Musk do ar no ano passado por 40 dias por desinformação, foi mais longe do que qualquer outro país latino-americano na repressão a postagens questionáveis ou ilegais nas redes sociais”.

Jornais estrangeiros noticiaram a decisão do STF | Foto: Reprodução/Google

O jornal se referiu à decisão de Alexandre de Moraes, um dos principais defensores da regulação das redes no Brasil. “A decisão provavelmente aumentará as tensões entre o Supremo Tribunal Federal, de um lado, e as empresas de tecnologia que acusam o Brasil de censura”, acrescentou Le Monde.

O Financial Times afirma que a “decisão da Suprema Corte do Brasil sobre plataformas digitais corre o risco de alimentar tensões com o governo americano do presidente Donald Trump, que ameaçou impor restrições de visto a estrangeiros que censurarem empresas e cidadãos americanos”.

A decisão do STF sobre a regulação das redes sociais

Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes, durante a sessão de quinta-feira, 26 de junho; também votaram pela regulação das redes Luiz Fux, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Cármen Lúcia | Fotos: Fellipe Sampaio/STF

A decisão do STF sobre a regulação das redes sociais, da quinta-feira 26, responsabiliza as plataformas de mídia social por conteúdo de terceiros considerado ilegal, mesmo sem ordem judicial.

A função de legislar cabe ao Congresso Nacional, mas, com o discurso de que houve avanço de discursos de ódio, antidemocráticos e criminosos, os ministros, por maioria, criaram as novas regras.

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Ao julgar o Marco Civil da Internet, a Corte entendeu que o artigo 19 é parcialmente inconstitucional e, a partir de agora, as plataformas são obrigadas a retirar conteúdos de terceiro mesmo sem decisão judicial. Basta uma notificação extrajudicial para isso.

O placar foi de 8 a 3 pela regulação das redes. Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Cármen Lúcia votaram a favor de regular a internet; André Mendonça, Edson Fachin e Nunes Marques votaram contra, pela constitucionalidade do artigo 19.

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