Nesta quarta-feira, 2, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que o prestígio e a importância de uma Corte não podem ser medidos por pesquisas promovidas por institutos.
“O tipo de arranjo institucional que há, no Brasil, leva para o Supremo questões que vão da interrupção da gestação à demarcação de terras indígenas, de pesquisas com células-tronco embrionárias ao desmatamento da Amazônia”, observou Barroso, durante o “Gilmarpalooza”, em Lisboa. “Portanto, são temas em que as pessoas têm visões diferentes.”
Por isso, de acordo com o juiz do STF, o Tribunal não poderia ser alvo das empresas de opinião. “Isso é uma bobagem”, afirmou. “Quando a gente determina a desintrusão de uma terra indígena, por exemplo, (…) se fizer uma pesquisa na região, a gente vai perder de 5 a 1.”
Conforme a mais recente pesquisa DataFolha, publicada em 27 de junho, 58% dos brasileiros dizem ter vergonha dos ministros do STF, enquanto 30% manifestam orgulho.
Luís Roberto Barroso defende decisão sobre regular redes
“Não tem nada de censura”, declarou. “A nossa decisão enfrenta a má vontade de quem celebra o crime e o extremismo político como modelo de negócios que se alimenta do ódio.”
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