Hugo Motta empregou servidoras fantasmas e parentes em seu gabinete

Hugo Motta empregou servidoras fantasmas e parentes em seu gabinete

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), manteve em seu gabinete três funcionárias com rotinas incompatíveis com os cargos públicos que ocupavam, que gerou as suspeitas de serem “servidoras fantasmas”. Além disso, cinco parentes delas já estiveram na folha de pagamento do parlamentar.

As revelações foram feitas pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta terça-feira, 15. Depois da exposição do caso, Motta demitiu duas das três servidoras: a fisioterapeuta Gabriela Pagidis e Monique Magno, assistente social na Prefeitura de João Pessoa (PB).

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Gabriela atendia pacientes em clínicas do Distrito Federal enquanto recebia R$ 11,4 mil mensais da Câmara. Já Monique acumulava o cargo no gabinete com a função pública municipal. Ela já havia trabalhado com Motta em 2019.

Sobre as nomeações, o presidente da Câmara declarou que “preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e têm a dispensa do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara”.

Ele não comentou as contratações de familiares. Pelas regras da Câmara, no entanto, não há ilegalidade em contratar parentes de terceiros, desde que não sejam familiares diretos do parlamentar.

Parentes em série no gabinete de Motta

As duas servidoras demitidas têm familiares que trabalharam no gabinete do deputado. A mãe de Gabriela, Athina Pagidis, chefiou o gabinete de Motta entre 2011 e 2019. Também já trabalharam no gabinete dele a tia, Adriana Pagidis; a irmã, Barbara Pagidis; e o primo, Felipe Pagidis. Os quatro atuaram simultaneamente no escritório de Motta em Brasília entre 2021 e 2022.

Gabriela entrou no gabinete em 2017, quando Athina já ocupava cargo de confiança. Até a semana passada, Gabriela era a única da família na folha de pagamento. Adriana Pagidis, tia de Gabriela e mãe de Felipe, deixou formalmente o cargo em 2022.

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Monique Magno também teve a mãe contratada anteriormente. A advogada Marcia Agra de Souza trabalhou no gabinete de Motta entre 2011 e 2015, com salário de R$ 845, na época, um pouco mais de um salário mínimo.

Atualmente, ela atua no gabinete do deputado João Carlos Bacelar (PL-BA), embora mantenha escritório na Paraíba. O regimento da Câmara proíbe a contratação de assessores fora do Estado de origem do deputado ou do Distrito Federal.

Ao ser procurada, Marcia defendeu a filha: “É uma pessoa honrada, dedicada, excelente profissional, competente e requisitada no mercado de trabalho”. Segundo ela, Monique ocupa os cargos por mérito próprio.

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