O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a continuidade da prisão preventiva de Walter Delgatti Neto, hacker sentenciado a 8 anos e 3 meses por invadir sistemas do Judiciário. O mesmo processo resultou na condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão, além da cassação de seu mandato parlamentar.
As sentenças envolvem acusações de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, depois de documentos falsos terem sido colocados nos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), incluindo um mandado de prisão fraudulento em nome do próprio Moraes.
Ambos também foram condenados ao pagamento de R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos.
Troca de acusações entre as defesas de Zambelli e Delgatti
A defesa de Delgatti afirma que ele teria sido “iludido” por promessas feitas por Zambelli, descrita como a responsável intelectual do crime.
Em paralelo, advogados da deputada alegam que Delgatti é um “mentiroso compulsivo e mitomaníaco” e negam qualquer conexão entre eles. Os representantes de Zambelli ainda solicitaram acareação on-line, segundo o G1.
Carla Zambelli permanece na Itália. Poucos dias depois de sua condenação, solicitou licença médica da Câmara dos Deputados e viajou aos Estados Unidos, onde participou de uma live anunciando que não voltaria ao Brasil.
Diante da fuga, Moraes decretou sua prisão preventiva e determinou a inclusão do nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol, ao considerar que ela tenta escapar da execução da pena.
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