Em resposta a críticas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) defendeu as ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para promover a reforma agrária.
O órgão rebateu a alegação de que haveria demora na redistribuição de terras e rejeitou a ideia de ausência de incentivos para a agricultura familiar.
Segundo comunicado do MDA, liderado pelo ministro Paulo Teixeira, as políticas de reforma agrária voltaram ao patamar dos dois primeiros mandatos de Lula.
“Ao contrário do que diz a carta do MST, a reforma agrária no Brasil retomou o ritmo dos dois primeiros governos do presidente Lula”, diz o comunicado. Ainda conforme o ministério, o objetivo é criar 30 mil novos lotes em 2025 e atingir 60 mil até o fim deste mandato, contemplando metade das 120 mil famílias acampadas no país.
As críticas do MST ao governo Lula
Desde o início do governo Lula, o MST, que apoiou sua eleição em 2022, reclama da paralisação da reforma agrária. Outra cobrança é a falta de recursos para políticas como o apoio à agricultura familiar e a compra de alimentos.
O grupo invasor responsabiliza Teixeira e já pediu sua demissão em diversas ocasiões. Foi lançada uma campanha para cobrar o governo Lula pela redistribuição de terras.
Segundo o MST, o país tem hoje mais de 122 mil famílias acampadas. Além disso, cerca de 400 mil são assentadas que aguardam políticas públicas para produção de alimentos e desenvolvimento dos lotes.
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O movimento também repudia o projeto de lei que flexibiliza regras do licenciamento ambiental, já aprovado pelo Congresso e que aguarda sanção ou veto de Lula. A entidade é contra outro projeto em tramitação na Câmara dos Deputados que autoriza ação policial sem ordem judicial em invasões no campo e nas cidades.
“Após mais de três anos de governo Lula, a reforma agrária continua paralisada e as famílias acampadas e assentadas se perguntam: Lula, cadê a reforma agrária?”, indaga o grupo invasor, em peça divulgada nas redes sociais.
O movimento alega que “a reforma agrária é um instrumento de defesa das terras do país, em contraposição ao agronegócio entreguista, golpista, saqueador e antipatriótico”. Para os sem-terra, “soberania nacional só é possível com soberania alimentar”.
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