Em publicação nas redes sociais, nesta terça-feira, 29, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que soube pela imprensa da prisão da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP).
As autoridades italianas prenderam Zambelli nesta terça. Fontes do Ministério da Justiça disseram à Revista Oeste que ela deverá ser extraditada para o Brasil. Isso porque há um mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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De acordo com Motta, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, compartilhou informações preliminares sobre o caso. O presidente da Câmara também disse que ainda aguarda a manifestação oficial do Ministério da Justiça da Itália.
“Importante lembrar que as providências que cabem à Câmara já estão sendo adotadas, por meio da representação que tramita na CCJC, em obediência ao Regimento e à Constituição”, escreveu Hugo Motta em uma publicação no X. “Não cabe à Casa deliberar sobre a prisão – apenas sobre a perda de mandato.”
Zambelli se entregou “de forma pacífica”
O advogado, Fábio Pagnozzi, que representa Carla Zambelli, disse em entrevista ao Oeste Sem Filtro, que a parlamentar se apresentou voluntariamente e a prisão ocorreu de forma pacífica.
“Ela forneceu um endereço”, afirmou o advogado. “Os policiais foram até lá, ela teve tempo ainda de pegar seus medicamentos, pegar suas roupas.”
O advogado reforçou que a parlamentar decidiu se apresentar por iniciativa própria, em busca de melhores condições pessoais e médicas, uma vez que sofre de fibromialgia e doença cardíaca.
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A prisão ocorreu dias depois de o deputado italiano Angelo Bonelli, de um partido de esquerda, dizer nas redes sociais que havia repassado o endereço de Zambelli para as autoridades. O advogado da deputada, no entanto, negou essa versão.
“A Carla não sai na rua provavelmente desde o dia em que chegou à Itália”, afirmou Pagnozzi. “O endereço dela era impossível de alguém rastrear.”
Deputada é alvo de condenação no STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Zambelli a dez anos de prisão por suposto envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Pouco tempo depois de sua condenação, a deputada deixou o Brasil. Atualmente, está formalmente afastada do mandato por motivos de saúde e interesse particular.
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