Nesta quinta-feira, 31, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a Advocacia-Geral da União (AGU) acompanhar e adotar providências sobre o processo de extradição da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP).
Carla disse ter se entregado às autoridades em Roma, há poucos dias. A Polícia Federal, contudo, sustenta que agentes a prenderam na capital da Itália.
“A AGU tomou ciência do despacho realizado hoje pelo ministro”, informou a pasta, em nota. “A AGU adotará todas as providências necessárias para conclusão, junto à República Italiana, do processo de extradição da deputada Carla Zambelli Salgado de Oliveira, para que a parlamentar possa cumprir no Brasil a pena de dez anos a que foi condenada pela prática dos crimes de falsidade ideológica (299, CP) e invasão de dispositivo informático qualificado pelo prejuízo econômico, (art. 154-A, CPP).”
Em maio, a 1ª Turma do STF condenou Carla a dez anos de cadeia, em virtude de ter supostamente comandado a invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça. Conforme acusação da Procuradoria-Geral da República, a parlamentar mandou o hacker Walter Delgatti, da Vaza Jato, inserir um mandado de prisão em nome de Moraes, além de um pedido de bloqueio de R$ 22 milhões em nome do juiz do STF.
Extradição de Carla Zambelli pode demorar
De acordo com a defesa da deputada, a extradição pode estender por até dois anos, sobretudo por ela ser vítima de “perseguição política”.
O advogado informou ainda que acompanha os trâmites da extradição e que espera a visita do primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini.
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