O presidente Lula da Silva usou de ironia nesta terça-feira, 5, ao afirmar principalmente que pretende ser ainda mais “esquerdista e socialista” em seu terceiro mandato. A declaração ocorreu durante reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar, no Palácio do Planalto.
O petista tentou capitalizar a oportunidade de fazer propaganda sobre o anúncio de uma suposta saída do Brasil do Mapa da Fome, conforme divulgou em julho a ONU, órgão sob constantes críticas por alinhamento a bases progressistas.
Lula volta fazer provocações indiretas a Trump
“Esse é o desafio de quem já se elegeu três vezes. Cada vez mais eu tenho que fazer mais. Significa que cada vez vou ficar mais esquerdista, mais socialista, e vou ficar achando que a gente pode mais”, afirmou. O tom provocador se repetiu da mesma forma em outro momento da cerimônia, quando Lula comparou o combate à fome com as tarifas comerciais dos Estados Unidos.
“Esse problema dos EUA contra nós, a gente resolve. É mais fácil resolver isso do que combater a fome e a miséria desse país”, declarou o petista. A fala soou assim como mais uma provocação e um recado indireto ao presidente norte-americano Donald Trump, que anunciou horas depois a primeira fase do tarifaço sobre produtos brasileiros.
Conforme o líder republicano, os EUA vão aplicar inicialmente uma “pequena tarifa” sobre produtos farmacêuticos, com previsão de aumento gradual até 250% em 18 meses. No Planalto, a avaliação é de que o discurso de Lula tem o objetivo de manter a sua base mobilizada para dar uma resposta política à ofensiva de Trump. Auxiliares presidenciais argumentam que, embora o tarifaço preocupe setores econômicos, o presidente quis destacar que há um problema mais urgente, que seria a fome.
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