O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) rompeu o silêncio. Por meio de nota enviada à imprensa, ele negou ter relação com esquemas de fraudes de licitações e de desvio de verba pública em prefeituras do Ceará. Na manhã desta terça-feira, 8, o parlamentar socialista foi alvo de operação da Polícia Federal (PF).
A PF chegou até o nome do congressista a partir de depoimento feito em 2022 pela então prefeita de Canindé (CE), Rozário Ximenes. Ela acusou Mano de práticas de crimes eleitorais. Apesar de ele rechaçar a acusação, a operação no gabinete dele na Câmara dos Deputados foi autorizada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
“O deputado Júnior Mano não tem qualquer participação em processos licitatórios, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos”, afirmou a equipe do parlamentar, em comunicado assinado por sua equipe. “O deputado não exerce qualquer função executiva ou administrativa em prefeituras, não participa de comissões de licitação, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos.”
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Na nota, Mano ressaltou a sua confiança nas instituições brasileiras, sobretudo a PF e o Poder Judiciário. Afirmou que a “verdade prevalecerá” no fim do processo.
Liderança do PSB se manifesta a respeito de Júnior Mano
Com a operação da PF realizada em gabinete de um de seus integrantes no Congresso Nacional, o PSB se manifestou. Por meio de sua liderança na Câmara dos Deputados, o partido registrou o desejo pela revelação de todos os fatos. A legenda socialista também pediu respeito ao devido processo legal e ao direito de ampla defesa.
“A liderança do PSB na Câmara dos Deputados tomou conhecimento hoje da operação da Polícia Federal que investiga a atuação do deputado Júnior Mano”, informou a sigla, que integra a base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Esperamos que todos os fatos sejam investigados e esclarecidos o mais breve possível, respeitando o devido processo legal e a ampla defesa.”
Atualmente, a bancada do PSB na Câmara conta com 15 deputados. O líder é Pedro Campos, de Pernambuco.
Natural de Novas Russas, no interior cearense, Júnior foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2018, quando integrava os quadros do Patriota. Reeleito em 2022 pelo PL, acabou expulso do partido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, no ano passado. Desde então, tornou-se um parlamentar socialista.
Antes de ser deputado, Júnior Mano serviu como vice-prefeito de Novas Russas, permanecendo no cargo de janeiro de 2017 a janeiro de 2019, quando renunciou para assumir o mandato em Brasília. Hoje, ele tem status de primeiro-cavalheiro do município, afinal a sua mulher, Giordanna Mano, é prefeita desde 2021.
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