Durante o interrogatório desta terça-feira, 10, o ex-presidente Jair Bolsonaro explicou suas críticas às urnas eletrônicas. Ao ser interpelado sobre declarações proferidas durante o mandato, o ex-chefe do Executivo reafirmou que levantou dúvidas legítimas sobre a transparência do processo eleitoral, sem incitar ação fora dos limites da lei.
Em sua defesa, Bolsonaro argumentou que políticos de esquerda também criticaram a falta de confiabilidade das urnas eletrônicas usadas nas eleições brasileiras. Ele citou, por exemplo, declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi.
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“A desconfiança, a suspeição, ou até a parcialidade das urnas não são elementos exclusivos do meu discurso”, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro lembrou sua atuação na Câmara dos Deputados em defesa do voto impresso. Segundo o ex-presidente, embora a proposta tenha sido vetada por Dilma Rousseff, o Congresso derrubou o veto — com apoio de parlamentares do PT.
Bolsonaro lembra declarações de Dino e Lupi
O ex-presidente mencionou uma declaração do então governador do Maranhão, Flávio Dino, que, ao comentar a possibilidade de fraudes eleitorais, afirmou: “Houve várias fraudes”. O ex-presidente citou ainda uma inserção eleitoral do presidente do PDT, Carlos Lupi, transmitida em horário nobre, na qual dizia que, sem recontagem dos votos, “a fraude impera”.
Bolsonaro admitiu que pode ter cometido excessos na forma e no tom das críticas ao sistema eleitoral, mas garantiu que seus questionamentos se basearam em análises técnicas — não em teorias conspiratórias.
Por fim, afirmou que a narrativa de tentativa de golpe está contaminando o ambiente político e impedindo um debate democrático legítimo.
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