Durante um evento do PL Mulher em Brasília, realizado nesta sexta-feira, 6, o ex-presidente Jair Bolsonaro convocou apoiadores a acompanharem sua audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para a semana que vem. Na ocasião, Bolsonaro fará um depoimento ao ministro Alexandre de Moraes.
Ele afirmou que o momento “valerá a pena” ser assistido, mas ressaltou que não pretende “lacrar” diante do magistrado. O interrogatório, que inicia na próxima segunda-feira, 9, faz parte do processo conduzido por Moraes contra o chamado “primeiro núcleo”.
Esse grupo reúne oito acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentativa de golpe de Estado, entre eles o próprio Bolsonaro. As audiências devem ocorrer até o dia 13.
As expectativas para o depoimento de Bolsonaro
Moraes informou que, caso não seja possível ouvir todos os réus no primeiro dia, as oitivas podem ser estendidas ao longo da semana. Bolsonaro, que é o sexto na ordem dos interrogatórios, declarou esperar ser ouvido na terça ou quarta-feira. Ele permanece em São Paulo até sábado, organizando com advogados seu depoimento.
“Eu parto agora para São Paulo”, disse Bolsonaro, em discurso nesta sexta-feira. “Um chamamento imprevisto, encontrar os advogados, até sábado. Para que nós possamos então melhor nos prepararmos para enfrentar desafios. Ninguém nos acuará. É hora da verdade. E ela se fará presente, no meu entender, para o bem desta nação.”
Além do ex-presidente, estão entre os réus o general e ex-ministro Walter Braga Netto, o ex-chefe do GSI Augusto Heleno, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
Atual cenário político
Durante um evento do PL Mulher realizado um dia depois de Carla Zambelli (PL-SP) ser incluída na lista vermelha da Interpol, Jair Bolsonaro quer que a direita conquiste metade das cadeiras no Congresso.
Segundo ele, isso daria aos parlamentares poder para mudar o país e permitiria que “mandassem mais que o presidente da República”. Na apresentação, Bolsonaro exibiu um papel com a Oração do Paraquedista e, no verso, havia nomes de ministros do STF, como André Mendonça, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.
Nem todos os nomes foram identificados. A situação de Zambelli não foi citada no evento, e o perfil do PL Mulher apenas publicou uma foto com um pedido de oração.
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