Casos de esporotricose humana e animal são confirmados no interior de SP; entenda a doença

Casos de esporotricose humana e animal são confirmados no interior de SP; entenda a doença

Cidade de Sete Barras, no interior de São Paulo, registrou sete casos de esporotricose nos seis primeiros meses de 2025. Infecção, que é transmitida por um fungo e se manifesta como uma dermatite, é mais recorrente e fatal em gatos, mas também pode atingir humanos e outros animais. Gato com esporotricose animal em Manaus (imagem ilustrativa)
Valdo Leão/Divulgação Semcom
A cidade de Sete Barras, no interior de São Paulo, registrou sete casos de esporotricose nos seis primeiros meses de 2025. A doença, que é transmitida por um fungo e se manifesta como uma dermatite, é mais recorrente e fatal em gatos, mas também pode atingir outros animais e humanos.
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Segundo a prefeitura, foram registrados dez casos suspeitos de esporotricose em animais, sendo que seis foram confirmados e quatro deram negativo após análises laboratoriais. Em humanos, a administração municipal confirmou um caso. Outras três amostras foram descartadas.
É importante destacar que os números podem ser ainda maiores porque a esporotricose não tem notificação obrigatória. Em casos de dúvidas ou sintomas em animais e pessoas, a prefeitura pede para que os munícipes procurem a unidade de saúde mais próxima.
Esporotricose humana (imagem ilustrativa)
Reprodução TV Globo
A administração municipal acrescentou que segue atenta, monitorando preventivamente e orientando os moradores. “A situação está sob controle, e todas as medidas necessárias continuam sendo tomadas para garantir a segurança e o bem-estar da população”, destacou a prefeitura, em nota.
Também por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que foram notificados 612 casos de esporotricose humana no estado de São Paulo em 2025, sendo que ano passado foram 1.617. A pasta garantiu que não há registros de óbitos pela doença.
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Entenda a doença
🤔 O que é a esporotricose? A secretaria estadual explicou que a doença é uma infecção causada por fungos do gênero Sporothrix.
Nos felinos, a esporotricose se manifesta por lesões na pele que podem evoluir para úlceras graves e afetar órgãos internos. Em pessoas, as feridas na pele podem se agravar se não forem tratadas.
🐱Por que os gatos são mais afetados? De acordo com Patricia Vieitez, que é médica veterinária especializada em gatos, qualquer animal ou pessoa pode se infectar, mas a doença é mais comum nos felinos com acesso à rua. Isso acontece por conta do contato que eles têm com o meio ambiente.
“Eles sobem em árvores, arranham troncos, cavam terra. Se o fungo estiver nesses materiais pode infectar o gato”, explicou a profissional, que acrescentou que o animal infectado pode transmitir para outras espécies através de arranhões ou mordidas.
Apesar de serem os mais infectados, a veterinária destacou que os gatos não são os ‘vilões’ da esporotricose: “São vítimas como nós e como os cães, que também podem ter a doença. Eu posso pegar a doença quando mexer no jardim, pois o fungo está na matéria orgânica e basta um corte no dedo para a doença se manifestar. Ou seja, não precisa ter contato com um gato para pegar”.
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Gato Café durante e depois de tratamento de esporotricose em Santos (SP)
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🚨Como se prevenir? De acordo com a SES, a prevenção começa por evitar contato direto com o fungo, que está presente no solo, plantas e animais infectados.
Ao realizar atividades como jardinagem, trabalhos rurais ou manuseio de materiais potencialmente contaminados, é fundamental usar luvas, roupas de mangas compridas e calçados fechados para proteger a pele de possíveis ferimentos.
Além disso, a secretaria afirmou que o controle reprodutivo de animais por meio da castração é uma medida eficaz porque reduz o instinto de caça, brigas e a circulação na vizinhança, diminuindo o risco de contágio.
🏥Como funciona o tratamento? O tratamento exige o uso prolongado de antifúngicos por aproximadamente 3 a 6 meses. O objetivo é garantir a cura e prevenir a disseminação da doença.
“É importante que qualquer animal com lesões suspeitas seja avaliado por um médico veterinário para diagnóstico e tratamento adequados, e seu isolamento é importante para evitar a disseminação da doença”, destacou a pasta.
Gato com esporotricose felina (imagem ilustrativa)
Arquivo pessoal/Juliana Sonoda
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Fonte: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/mais-saude/noticia/2025/06/12/casos-de-esporotricose-humana-e-animal-sao-confirmados-no-interior-de-sp-entenda-a-doenca.ghtml

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