O tenente-coronel Mauro Cid negou, nesta segunda-feira, 9, que o então presidente Jair Bolsonaro tenha assinado medidas para uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Ele fez a afirmação em resposta a uma pergunta do ministro Luiz Fux, durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Em várias ocasiões, o senhor falou que, nessa qualidade de anteparo de Bolsonaro, tinha função de pressionar o presidente para assinar minutas de estado de defesa, de sítio, etc.”, disse Fux. “Esse documento foi assinado?”
Cid disse que não. “Inclusive, essa era a grande preocupação do comandante do Exército, Freire Gomes”, declarou Cid. “Por isso que ele me chamava várias vezes. O general tinha receio que o presidente assinasse qualquer coisa sem consultar e sem falar com ele antes.”
Mauro Cid revela preocupação de Bolsonaro
Ainda na sessão, Cid revelou a preocupação do então presidente a respeito de uma paralisação do país, depois do resultado da disputa eleitoral.
“O presidente tinha preocupação com os caminhoneiros, de eles pararem o país”, disse Cid. “Ele não queria que houvesse uma manifestação para bloquear. Ia cair na conta dele uma crise econômica.”
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