Com Lula, Exército perde 1,7 mi de seguidores na internet

Com Lula, Exército perde 1,7 mi de seguidores na internet

Os perfis do Exército Brasileiro nas redes sociais perderam cerca de 1,7 milhão de seguidores desde que o presidente Lula da Silva tomou posse, em janeiro de 2023. Os dados fazem parte de um levantamento da consultoria Bites, conforme divulgou o jornal O Globo nesta segunda-feira, 19.

A análise considerou os principais canais digitais do Exército no Instagram, no Twitter/X, no YouTube e no Facebook. Em números absolutos, a maior queda ocorreu no Instagram, com a redução de 1,71 milhão de seguidores. Em seguida, aparecem o Facebook, com perda de 110,6 mil seguidores, e o Twitter/X, com 4,8 mil. Apenas o YouTube registrou crescimento, com acréscimo de cerca de 60 mil usuários.

Lula: influência na imagem das Forças Armadas

A tendência negativa contrasta com o desempenho das outras forças militares. No mesmo período, a Marinha do Brasil conquistou 14 mil novos seguidores, enquanto a Força Aérea Brasileira (FAB) viu um crescimento de 4 mil. Os dados indicam uma mudança na percepção pública sobre o Exército em relação às demais instituições militares.

Já os perfis oficiais de ministérios apresentaram variações menos drásticas: alguns cresceram, enquanto outros registraram pequenas quedas. O Ministério da Defesa, que coordena as três Forças Armadas, perdeu 185 mil seguidores desde o início do ano.

Queda teria relação com apoio ao PT

O enfraquecimento da presença digital do Exército coincide com o período da suposta tentativa de golpe que tentaria impedir a posse de Lula. A operação, investigada pela Polícia Federal (PF) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), resultou em uma série de denúncias contra militares da ativa e da reserva.

Entre os denunciados estão o general de brigada Mário Fernandes, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, os majores Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira, além do policial federal Wladimir Matos Soares. Todos são réus por suposta participação nos ataques à Praça dos Três Poderes.

Embora a queda nas redes sociais não represente, isoladamente, uma crise institucional, especialistas dizem que a perda de seguidores pode indicar desgaste na imagem pública do Exército. Em tempos de forte polarização política, a percepção de neutralidade das Forças Armadas se torna um ativo estratégico.

A nova gestão do Ministério da Defesa vem tentando reposicionar a comunicação institucional do Exército, com foco em missões constitucionais e ações sociais. Ainda assim, o impacto dos escândalos recentes continua refletido no ambiente digital da corporação.

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