A reportagem “A ‘democracia’ dos autoritários”, publicada na Edição 280 da Revista Oeste, trata sobre alguns ditadores que usam a palavra “democracia” para justificar a tirania.
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Autoridades de países como Venezuela, Nicarágua, Rússia e Brasil criam esse tipo de narrativa para justificar decisões nada democráticas.
Leia um trecho da reportagem “A ‘democracia’ dos autoritários”
Por volta de 508 a.C., o político grego Clístenes reformou o sistema político para acabar com a tirania e permitir que os cidadãos participassem das decisões do Estado. Foi o nascimento da democracia. Mais de dois milênios depois, a palavra continua no centro do debate — mas seu significado tem sido distorcido por aqueles que desejam concentrar o poder em nome dela.
Atualmente, diferentes governos criam modos de democracia. O significado, contudo, está longe de ser parecido com aquele inventado pelos gregos. O presidente Lula e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) constantemente usam o termo para justificar decisões nada democráticas. Recentemente, sem citar o tarifaço imposto por Donald Trump, Alexandre de Moraes disse que “pouco importa quais são ou quais serão os inimigos da democracia (…). Sejam inimigos nacionais, sejam inimigos internacionais, o país soberano como o Brasil, sempre saberá defender sua democracia.”
Um dos termos cunhados pelos magistrados brasileiros é “democracia combativa”, conforme afirmou o ministro Gilmar Mendes em 10 de julho, um dia depois de Trump avisar que imporia tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.
“O que nenhuma outra democracia contemporânea enfrentou: uma tentativa de golpe de Estado em plena luz do dia, orquestrada e planejada por grupos extremistas que se valeram indevidamente da imunidade irrestrita das redes sociais”, escreveu Gilmar no X. “Essas singularidades definem o momento histórico da democracia combativa brasileira: quando a defesa irredutível de preceitos constitucionais se transforma em imperativo civilizatório diante de forças que ameaçam não apenas as instituições nacionais, mas o próprio conceito de Estado de Direito no século 21.”
Os juízes têm usado a expressão para condenar manifestantes, inclusive pessoas sem antecedentes criminais, envolvidos nos atos do 8 de janeiro a 14, 16 ou 17 anos de prisão. Alguns, inclusive, foram postos numa cela junto com homicidas e traficantes. O mesmo sistema democrático é usado para censurar jornalistas e políticos de direita.
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