Curtas produzidos em Santos, SP, são indicados para festival internacional na Coreia do Sul

Curtas produzidos em Santos, SP, são indicados para festival internacional na Coreia do Sul
Divulgação/Prefeitura de Santos e Busan International Film Festival
Dois curtas-metragens produzidos em Santos, no litoral de São Paulo, vão representar a região no 9º Inter-City Film Festival. Os filmes ‘Amar ao Envelhecer’ e ‘Flores Invisíveis’ serão exibidos entre os dias 29 e 31 de agosto durante o evento em Busan, na Coreia do Sul.
O festival reúne obras de diversas partes do mundo, produzidas em Cidades Criativas do Cinema da Unesco e em municípios parceiros da Associação de Cinema Independente de Busan.
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Com cerca de 25 jovens na equipe de cada curta, os filmes foram realizados sob a orientação de tutores profissionais e integram a formação em cinema e audiovisual das Oficinas Querô, voltadas para jovens de 16 a 20 anos em situação de vulnerabilidade social na Baixada Santista.
Entre os indicados está o curta ‘Amar ao Envelhecer’ (2023), de Raíssa Cabral e Thalita Baeta. A obra apresenta duas histórias entre três personagens, abordando o amor na terceira idade sob uma nova perspectiva.
Com risos e descobertas, o curta de aproximadamente 15 minutos trata de autodescobrimento e segundas chances, mesmo diante das rugas e cabelos brancos.
Já ‘Flores Invisíveis’ (2023), de Livia Doria e Maria Fernandes, é um mini documentário que mergulha no universo autista a partir da vivência de três mulheres. O curta, também com cerca de 15 minutos, busca desconstruir estereótipos e reforça que há muitas outras mulheres com histórias semelhantes
Reconhecimento internacional
“Amar ao Envelhecer” e “Flores Invisíveis” serão exibidos entre os dias 29 e 31 de agosto no evento em Busan, na Coreia do Sul.
Divulgação/Instituto Querô
Esta não é a primeira vez que produções do Querô são indicadas a festivais internacionais. Segundo Kamilli Semenov, produtora da turma de 2023 das Oficinas, o Instituto já contou com exibições em diversos eventos ao redor do mundo, como os longas ‘Sócrates’ e ‘Wonder’.
Com os dois curtas, as produções da Querô voltam às telas de Busan, após já terem marcado presença com as obras ‘Blandina’ (2021) e ‘Raízes do Mercado’ (2023).
De acordo com Kamilli, as indicações e premiações, sobretudo as internacionais, incentivam as iniciativas e reforçam o papel transformador do cinema produzido pelos jovens do projeto.
“A gente faz cinema para que as pessoas possam ver. Quando nossos filmes são exibidos fora do país, a gente leva um pedacinho da história e da vivência de cada jovem envolvido na produção”, afirmou.
Apesar das dificuldades financeiras e da falta de incentivos, o Instituto Querô segue apostando na força do cinema como ferramenta de transformação social.
“É um trabalho com significado. A gente acredita muito no que faz e no impacto que o audiovisual tem na vida das pessoas”, conclui Kamilli.