O deputado norte-americano Chris Smith enviou uma carta ao secretário de Estado, Marco Rubio, em que pede que o governo Donald Trump aplique sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar é republicano e copresidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos EUA. Ele já havia defendido publicamente a aplicação de punições ao magistrado.
A solicitação foi enviada dois dias depois de o jornalista Paulo Figueiredo prestar depoimento à comissão na condição de testemunha. O deputado anexou à carta o testemunho de Figueiredo, que vive nos EUA há dez anos e é réu no inquérito sobre a tentativa de golpe de 2022.
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Durante o depoimento, o jornalista repetiu críticas ao ministro e alegou que ele viola direitos de cidadãos norte-americanos. A comissão também ouviu outras cinco pessoas sobre supostas violações semelhantes em seus países de origem.
🚨URGENTE: Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso pede a Rubio sanções urgentes contra Moraes
O congressista Christopher H. Smith, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso dos Estados Unidos, enviou uma dura carta ao Secretário de Estado Marco… pic.twitter.com/elWyE8zI0Y
— Paulo Figueiredo (8) (@pfigueiredo08) June 26, 2025
“Os EUA têm ferramentas poderosas, como a Lei Magnitsky”, disse Figueiredo. “Eu urjo para recomendarem sanções a Moraes nos próximos 30 dias.” Ele chamou o ministro de “ditador disfarçado de juiz” e citou outros alvos de Moraes em território norte-americano, como Allan dos Santos, Elon Musk e Chris Pavlovski.
Deputado mira decisões de Moraes sobre big techs
No documento, Smith também pede que o Departamento de Estado identifique outras autoridades brasileiras supostamente envolvidas no que classifica como “repressão transnacional”. Segundo o deputado, o Brasil estaria no “ponto de uma ruptura institucional”.
“Insto a administração a agir rapidamente para impor essas sanções e, em nome da responsabilização futura, a identificar outros brasileiros envolvidos em repressão transnacional”, escreveu Smith.
“O Brasil, antes um parceiro democrático, está se aproximando de um ponto de ruptura institucional. Não podemos nos dar ao luxo de lamentar, retrospectivamente, a inação quando os sinais de alerta são claros, e as ferramentas estão disponíveis”, afirmou.
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Smith também expressa preocupação com os impactos das decisões de Moraes sobre empresas de tecnologia, afirmando que isso afeta direitos de pessoas nos EUA e compromete a integridade da estrutura digital.
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