‘Dia dos Namorados’: um ‘milagre’ de São Paulo para Santo Antônio

‘Dia dos Namorados’: um ‘milagre’ de São Paulo para Santo Antônio

O país do Carnaval tem uma data só dele para celebrar o amor: o Dia dos Namorados. A comemoração ocorre todo 12 de junho, desde que foi criada em São Paulo, no ano de 1949. Por trás da então novidade, apenas uma necessidade: aumentar as vendas de junho, mês com faturamento mais fraco.

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O Dia dos Namorados tem pai com nome e sobrenome famosos: João Doria. Mas não se trata do ex-governador de São Paulo, que é júnior. Na verdade, foi justamente o homem de quem ele era filho que bolou a data sob encomenda.

Em 1949, Doria pai trabalhava na Standard Propaganda, na época uma badalada agência de publicidade. Um dos clientes pediu a criação de algo para movimentar o caixa: a Clínicas Clipper. Apesar do nome, a empresa não tinha médicos nem quaisquer outros profissionais de saúde. O negócio era vender artigos masculinos, como lâminas de barbear, loções e acessórios.


O tino comercial de Doria não titubeou e, para aquecer as vendas, mirou nas moças que queriam conquistar pretendentes. Daí a escolha pelo 12 de junho para o Dia dos Namorados — exatamente a véspera da data de Santo Antônio, o santo casamenteiro.

Enquanto isso, o resto do mundo ocidental continuou celebrando o amor em 14 de fevereiro, que remete a outro santo também ligado aos casamentos: São Valentim.

O outro Dia dos Namorados

De acordo com a tradição, Valentim foi um padre de Roma que viveu no século III. Naquela época, os sacerdotes da Igreja podiam ter mulheres, família e filhos. Contudo, por volta de 270, o imperador romano Cláudio II proibiu todos os súditos de se casarem.

O sacerdote não acatou a ordem e continuou celebrando as uniões dos fiéis, mas o coração do imperador não amoleceu. A desobediência resultou na condenação à pena de morte, executada em um 14 de fevereiro. Dois séculos depois, em homenagem à resignação de São Valentim, os europeus passaram a usar esse dia para que os namorados se homenageassem. Nessa data, a tradição é presentear a pessoa amada com um cartão — o gesto remete a um dos últimos atos do corajoso padre. Pouco antes de morrer, ele teria enviado um bilhete para a mulher amada.

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Fonte: https://revistaoeste.com/economia/dia-dos-namorados-um-milagre-de-sao-paulo-para-santo-antonio/

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