A Dívida Pública Federal (DPF) alcançou R$ 7,88 trilhões ao fim de junho de 2025, um aumento de R$ 212,71 bilhões em relação a maio. A variação representa uma elevação de 2,77%, segundo dados do Relatório Mensal da Dívida Pública, divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional.
Do total da dívida, R$ 7,58 trilhões correspondem à Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), enquanto R$ 302,1 bilhões referem-se à Dívida Pública Federal externa (DPFe), conforme o documento.
A DPMFi cresceu 2,99% no mês, com destaque para a expansão nos papéis remunerados por taxa flutuante, que passaram de R$ 3,70 trilhões para R$ 3,79 trilhões. Já a DPFe registrou leve queda de 2,27% e saiu de R$ 309,2 bilhões para R$ 302,1 bilhões.
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O crescimento da dívida em junho foi impulsionado por uma emissão líquida de R$ 159,19 bilhões. O volume total de emissões foi de R$ 177,09 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 17,91 bilhões. No mês, o governo emitiu R$ 68,37 bilhões em títulos prefixados, R$ 62,50 bilhões vinculados à taxa Selic e R$ 30,44 bilhões atrelados à inflação.
A composição da dívida apresentou leve alteração. A participação dos títulos prefixados aumentou de 21,10% para 21,57%, enquanto os indexados à inflação, os de taxa flutuante e os atrelados ao câmbio recuaram para 26,45%, 48,16% e 3,82%, respectivamente.
Custo da dívida apresenta movimento divergente entre estoque e novas emissões
No Tesouro Direto, o mês de junho teve vendas de R$ 5,77 bilhões e resgates de R$ 2,92 bilhões, uma emissão líquida de R$ 2,84 bilhões. O estoque do programa atingiu R$ 180,35 bilhões, com crescimento de 2,41% em relação ao mês anterior. Títulos indexados à inflação representam 51,40% desse montante, com o Tesouro Selic como o mais procurado, com 55,88% das vendas no mês.
O custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses caiu de 11,73% ao ano em maio para 11,41% ao ano em junho. No entanto, o custo médio das emissões em oferta pública da DPMFi subiu para 13,52% ao ano, o que reflete condições menos favoráveis de financiamento.
A reserva de liquidez apresentou crescimento nominal de 19,64% e passou de R$ 861,3 bilhões em maio para R$ 1,03 trilhão em junho. Com isso, o índice de liquidez da dívida alcançou 8,44 meses. Em relação ao prazo, houve redução no prazo médio da DPF, que recuou de 4,20 anos para 4,14 anos. A parcela da dívida com vencimento em até 12 meses caiu de 16,02% para 15,68%.
Os principais detentores da dívida interna seguem como as instituições financeiras, com 31,3% de participação, seguidas por fundos de previdência (23,1%) e fundos de investimento (22,1%). Em junho, o estoque nas mãos dos não residentes aumentou R$ 18,8 bilhões, enquanto o das instituições financeiras cresceu R$ 154,6 bilhões.
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