O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), usou as redes sociais nesta sexta-feira, 18, para principalmente criticar as medidas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em publicação no Twitter/X, Mello classificou como “violência” a decisão judicial que restringe a comunicação do ex-presidente com aliados e familiares próximos, incluindo seu filho Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro.
“Impedir o principal líder da oposição de se comunicar com a população — e até com o próprio filho — é uma violência. E tudo isso partiu de um pedido do PT, partido que tem clara intenção de tirar Bolsonaro das eleições”, escreveu o governador. Segundo ele, a medida prejudica o ambiente democrático e contribui para a instabilidade institucional no país.
Governador: “O Brasil precisa baixar a fervura”
Aliado político de Jair Bolsonaro desde a campanha presidencial de 2018, Jorginho Mello é senador licenciado e atualmente governa Santa Catarina, uma das principais bases eleitorais do ex-presidente. Filiado ao Partido Liberal, Mello tem se posicionado de forma recorrente contra decisões do Judiciário que envolvem investigações sobre o líder da direita.
No mesmo texto, o governador pede moderação ao país. “O Brasil precisa baixar a fervura. É hora de distensionar o ambiente político. Esse caminho não faz bem à democracia, à economia e, principalmente, ao povo brasileiro”, escreveu. Mello também disse que Bolsonaro é “um homem honesto” e que “não merecia estar passando por isso”.
As restrições mencionadas pelo governador fazem parte das medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito que investiga suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro está proibido de manter contato com outros investigados, sob pena de prisão preventiva. A determinação também impôs recolhimento domiciliar noturno e bloqueio do passaporte, entre outras sanções.
A defesa do ex-presidente contesta a legalidade das restrições, alegando perseguição política e tentativa de inviabilizar sua candidatura nas próximas eleições. Integrantes do PT, por sua vez, sustentam que as ações do STF seguem a legalidade e visam proteger a ordem democrática diante da gravidade dos fatos investigados.
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