A Embraer registrou prejuízo líquido de R$ 53,4 milhões no segundo trimestre de 2025. No mesmo período do ano anterior, o resultado havia sido positivo, com lucro de R$ 415,7 milhões.
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O déficit ocorreu mesmo com a companhia alcançando receita de R$ 10,3 bilhões no período, crescimento de quase 31% em relação ao segundo trimestre de 2024. Trata-se do maior faturamento trimestral da história da empresa para esse período.
Isto porque o o custo total superou as receitas chegou a US$ 65 milhões em tarifas sobre exportações para o país em 2025. Cerca de 20% desse valor já está incidido.
Embora tenha sido incluída na atual lista de exceções do governo de Donald Trump para as tarifas sobre o Brasil, a Embraer continua sujeita a uma taxa adicional de 10% sobre produtos brasileiros. Esta já havia sido imposta pelo atual presidente norte-americano em abril.
O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou em coletiva que busca reverter essa medida. Ele não entrou em aspectos políticos do atual contexto brasileiro. Apenas se referiu a questões comerciais.
“Com base nos outros acordos que a gente vem observando em outros países, que trazem aviação de volta para a alíquota zero, temos uma boa expectativa de que isso venha a acontecer conosco também. E aí vai permitir que a gente continue com os mesmos planos de anteriormente.”
Embraer mantém projeções
A carteira de pedidos firmes alcançou US$ 29,7 bilhões, novo recorde histórico. No trimestre, a Embraer entregou 61 aeronaves, número 30% superior ao do ano anterior.
Foram 19 jatos comerciais. Dez deles são do modelo E2 e nove, do E1. Foram entregues ainda 38 jatos executivos (21 da categoria leve e 17 de porte médio) e quatro aviões militares A-29 Super Tucano, relata a Folha de S. Paulo.
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Apesar do prejuízo, a empresa manteve as projeções para o ano foram mantidas. A previsão é entregar entre 77 e 85 aeronaves comerciais e de 145 a 155 jatos executivos.
A meta de receita está entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões. O Earnings Before Interest and Taxes (Ebit), lucro antes dos juros e impostos, ajustado deve ficar entre 7,5% e 8,3%, com fluxo de caixa livre mínimo de US$ 200 milhões.
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