Famílias atendidas pela Escola Arco-Íris em Itapecerica da Serra enfrentam incertezas com suspensão de terapias

Famílias atendidas pela Escola Arco-Íris em Itapecerica da Serra enfrentam incertezas com suspensão de terapias



A decisão da Prefeitura de Itapecerica da Serra de limitar o atendimento da Escola Arco-Íris – Centro Municipal de Habilitação e Reabilitação de Excepcionais apenas a alunos com até 17 anos tem gerado preocupação e incerteza entre as famílias de pessoas com deficiência atendidas pelo local.

Cerca de 140 famílias podem ficar sem acesso às terapias essenciais, como Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Psicologia, uma vez que a escola passou a atuar exclusivamente como unidade de ensino, e não mais como centro de reabilitação.

Segundo relatos, não há outro equipamento público na cidade que ofereça o atendimento multidisciplinar necessário para jovens e adultos com deficiência após os 18 anos. As famílias aguardam um posicionamento oficial da Prefeitura sobre como e onde o tratamento será continuado.

“A educação não cuida de pacientes e sim de alunos, e a escola permanecerá realizando suas atribuições de instituição de ensino”, declarou a Prefeitura de Itapecerica da Serra em nota. A administração também afirmou que “o tratamento poderá ser realizado pela Autarquia de Saúde e pela Secretaria de Desenvolvimento Social”.

Contudo, o município não apresentou um plano concreto de transição para garantir a continuidade das terapias, nem informou prazos para soluções efetivas. “Estamos em estudos. Possuímos apenas cinco meses de administração e encontramos dificuldades na política de inclusão nas unidades escolares”, justificou.

A nota enviada ao Portal O Taboanense reforça ainda que “as famílias já estavam cientes desde 2021, quando houve a progressão dos alunos e reuniões periódicas”. A Prefeitura cita que o Conselho da Pessoa com Deficiência está desenvolvendo projetos que visam atender os usuários após a terminalidade escolar.

Apesar das declarações, a ausência de alternativas práticas para essas 140 pessoas tem gerado revolta e apreensão. As famílias cobram urgência e respeito à dignidade dos atendidos, exigindo que o poder público apresente caminhos reais para a continuidade do tratamento. “Não é aceitável retirar um serviço essencial sem oferecer outra opção viável”, criticou uma mãe que preferiu não se identificar.



Veja abaixo a íntegra da nota da Prefeitura de Itapecerica da Serra

De modo preliminar informamos que não temos um Centro de Inclusão e Reabilitação, as famílias são atendidas na Escola Municipal Educação Especial Arco-íris.

Informamos que a mudança não ocorreu agora e sim em 2021, com a Lei nº 2.911, que garantiu de forma progressiva até o Ensino Fundamental de 9º ano com sua terminalidade;

O tratamento e as terapias para as pessoas com necessidade especiais poderão ser realizados pela Autarquia de Saúde e Secretaria de Desenvolvimento Social como já são realizados;

Ressaltamos que a Educação não cuida de pacientes e sim de alunos, e a escola permanecerá realizado suas atribuições de instituição de ensino;

Estamos em estudos. Possuímos apenas 5 meses de Administração e encontramos diversas dificuldades a serem trabalhadas referentes a política de inclusão nas Unidades Escolares.

Ressaltamos que as famílias já estão cientes desde 2021, quando houve a progressão de etapa dos alunos para 2022, além das reuniões periódicas. Ademais o Conselho da Pessoa com Deficiência está desenvolvendo projetos para apresentar visando a garantir o atendimento necessário após a terminalidade dos estudos.





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Fonte: https://www.otaboanense.com.br/familias-atendidas-pela-escola-arco-iris-em-itapecerica-da-serra-enfrentam-incertezas-com-suspensao-de-terapias/

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