Favorito para a presidência do PT foi livrado de processos na Lava Jato

Favorito para a presidência do PT foi livrado de processos na Lava Jato

Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP), figura como principal candidato à presidência nacional do PT na eleição interna marcada para o domingo 6. Ele foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem Rui Falcão como principal adversário.

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A trajetória política do petista foi marcada por investigações e processos relacionados à Operação Lava Jato. Apesar disso, não foi condenado por nenhuma das denúncias.

Responsável pela coordenação financeira da campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014, Edinho foi denunciado em 2017 pela Procuradoria-Geral da República ao lado de Lula e de Dilma, sob acusação de participação em organização criminosa.

Investigações e processos contra Edinho Silva, favorito para a presidência do PT

Defesa de Edinho Silva alega que ele não responde mais a processos criminais | Foto: Reprodução/X

Edinho Silva foi alvo de buscas da Polícia Federal em investigações sobre o grupo J&F, dono da JBS, mas manteve influência no PT mesmo com a repercussão das acusações. Apesar de os processos terem durado anos, ele não foi condenado.

Em 2023, a Justiça Eleitoral do Distrito Federal arquivou uma apuração sobre doações da UTC ao PT, iniciada oito anos antes. A defesa alegou que a longa duração do processo causou prejuízos à vida pessoal de Edinho.

Em 2022, o Supremo Tribunal Federal também mandou arquivar outra investigação, que envolvia Ciro Nogueira e delações da JBS. Já em 2018, Edinho foi citado na Operação Capitu, sobre corrupção no Ministério da Agricultura, mas o caso foi enviado à Justiça Eleitoral de Minas Gerais.

Seu advogado afirma que todas as investigações contra Edinho foram arquivadas e nenhuma virou acusação formal.

Atuação em campanhas e financiamento eleitoral

Edinho Silva depôs ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2016 e 2017 sobre a campanha de Dilma Rousseff, da qual foi coordenador financeiro. Disse que buscou doações com grandes empresas — prática permitida na época — e negou uso de caixa dois. Afirmou ainda que todas as contribuições foram registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Gravações da Polícia Federal mostraram Edinho pedindo doações a empresários, mencionando dificuldades financeiras e a necessidade de “10” até o dia seguinte — valor que a PF interpretou como R$ 10 milhões.

A relação próxima com empresas investigadas resultou em processos e desgaste político. Acusado de integrar organização criminosa, teve o caso enviado ao TRF-3 por causa do foro especial. Ainda assim, foi eleito prefeito de Araraquara em 2016 e reeleito em 2020.

Delatores relataram que Edinho era intermediador de propinas, mas a defesa alega que as acusações se baseiam apenas em relatos, sem provas. Com o tempo, alguns delatores passaram a contestar seus acordos. Marcelo Odebrecht, por exemplo, conseguiu anular sentenças alegando que foi pressionado a colaborar.

Hoje, segundo a defesa, Edinho não responde a nenhum processo criminal e teve todas as contas da campanha de 2014 aprovadas pelo TSE.

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