Durante manifestações realizadas neste domingo, 3, na Avenida Paulista, em São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi alvo de críticas e vaias, sendo chamado por alguns manifestantes de “inimigo da nação”. Os protestos tiveram como foco principal o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Cartazes com o rosto ou nome de Motta, acompanhados da frase “esses são os inimigos da nação”, foram exibidos ao longo da avenida. O nome do deputado foi vaiado quando mencionado em discurso pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Outras lideranças políticas, como o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e deputados contrários à anistia dos presos do 8 de janeiro, também foram alvos de críticas em cartazes.
Críticas à condução da pauta de anistia por parte de Hugo Motta
Parte do eleitorado de direita acusa Motta de impedir o avanço do projeto de anistia no Congresso. Nikolas Ferreira cobrou publicamente que o presidente da Câmara inclua o tema na pauta. “Presidente Hugo Motta, chegou a hora de dividir os meninos dos homens”, afirmou o deputado mineiro. “Não brinque com a vida das pessoas presas injustamente e com penas proporcionais como um jogo político. E digo mais, eu não estou pedindo nem para você aprovar, porque você não tem esse poder. Nós só estamos pedindo: paute a anistia. O resto nós vamos fazer.”
Em declarações recentes, Motta garantiu que não irá permitir que a discussão sobre anistia interfira em questões econômicas centrais. “Em um cenário de crise internacional, não podemos ter uma crise institucional”, declarou à CNN Brasil. “Temos que ter diálogo. Não vamos misturar essas pautas, vamos usar todo o nosso tempo com responsabilidade.”
Apesar de considerar a anistia uma “pauta válida”, Motta defende que o fortalecimento institucional é fundamental para superar os desafios do país. Além das manifestações na capital paulista, atos semelhantes ocorreram em mais de 30 cidades do Brasil. Muitos participantes vestiam camisas e agitavam bandeiras do Brasil, e criticavam as restrições impostas por Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acompanhou os protestos de casa depois de ser proibido pelo STF de sair de sua residência aos finais de semana.
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