O delegado da Polícia Federal (PF) Fabio Álvarez Shor disse, nesta segunda-feira, 21, que apenas a suposta viagem de Filipe Martins a Orlando, na Flórida, em 30 de dezembro de 2022, não era o único objeto da investigação da PF.
“A PF trabalha com a contextualização de provas”, declarou Shor, durante oitiva no Supremo Tribunal Federal (STF). Shor foi arrolado como testemunha pela defesa do ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais. O delegado da PF respondeu a uma pergunta do advogado Jeffrey Chiquini, que trabalha para Martins.
Conforme Shor, a PF considerou outros elementos para pedir a prisão preventiva do ex-assessor, em fevereiro de 2024. Ainda de acordo com o delegado da PF, até a véspera da operação que levou Martins à cadeia, a corporação “não tinha a localização” do ex-assessor. “Nós obtivemos a localização dele exatamente na véspera de deflagrar a fase extensiva da operação”, constou o delegado. “Tanto que nós cumprimos o mandado no dia seguinte. Fomos até a residência da companheira de Martins, no Paraná. Ao chegar ao endereço, a equipe fez uma entrevista com o porteiro, que informou que Martins não residia lá, mas, sim, frequentava o local de vez em quando. Ao entrar no imóvel, os agentes constataram que havia poucos pertences.”
Segundo Shor, a PF também esteve na casa dos pais de Martins em Votorantim (SP). Durante a diligência, os agentes teriam recebido como resposta que o ex-assessor estaria no exterior.
Leia também: “O malabarismo jurídico da PGR”, reportagem publicada na Edição 278 da Revista Oeste
O post Ida ou não de Martins aos EUA não era único objeto da investigação da PF, diz Shor apareceu primeiro em Revista Oeste.