A avaliação negativa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva alcançou o maior nível desde o início do mandato, segundo pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta quinta-feira, 12. O índice de insatisfação chegou a 43%, o que supera as marcas anteriores e reflete um aumento no descontentamento popular.
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Em contrapartida, apenas 25% dos entrevistados consideraram a administração “boa” ou “ótima”, enquanto 29% classificaram como “regular”. Na pesquisa anterior, realizada em março, 41% reprovavam o governo, 27% aprovavam e 30% avaliavam como regular. Ou seja, houve uma leve piora nos indicadores desde o terceiro mês do ano.
Faixas de renda e escolaridade
O levantamento também mostra que a reprovação é mais expressiva entre pessoas com renda acima de cinco salários mínimos, em que chega a 59%. Também é maior entre os mais escolarizados, 51%, e entre evangélicos, 50%.
Já a aprovação é maior no Nordeste, com 38%; entre quem tem menor escolaridade, 36%; renda de até um salário mínimo, 33%; e católicos, 32%.
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No Sudeste, que representa 43% da amostra da pesquisa, a taxa de aprovação do governo é de apenas 23%, enquanto a reprovação chega a quase metade, 47%. A pesquisa também sugere que, pela segunda vez seguida, a maioria da população desaprova a forma como Lula administra o país: 55% a desaprovam, enquanto 39% a aprovam.
Viagens internacionais de Lula e expectativas frustradas
Dentro do próprio governo, as frequentes viagens internacionais do presidente e sua baixa presença em eventos públicos são vistas como fatores que impactam negativamente a imagem da gestão.
Além disso, metade dos brasileiros considera que o governo está “pior do que se esperava”, 28% dizem que correspondeu às expectativas e 20% acham que superou o esperado.
A confiança em Lula também atingiu o menor patamar desde o início do mandato: apenas 37% dizem confiar no presidente, enquanto 58% não confiam. Entre moradores das periferias, esse índice caiu de 38% para 31% desde março. Mesmo entre eleitores de Lula no segundo turno de 2022, 23% afirmam não confiar nele.
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“A confiança é uma das métricas mais importantes da pirâmide reputacional de uma pessoa ou de uma empresa, e a do presidente Lula está negativa desde dezembro de 2023”, afirmou Márcia Cavallari, diretora do Ipsos-Ipec, conforme material do instituto. “[Isso ocorreu] Bem antes da avaliação e da aprovação do seu governo ficarem negativas.”
O estudo do Ipsos-Ipec ouviu presencialmente 2 mil participantes, em 132 municípios, entre os dias 5 e 9 de junho. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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