A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, classificou como “achaque” a disparada nos preços da rede hoteleira em Belém, cidade-sede da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), prevista para novembro.
Segundo a ministra, os custos excessivos ameaçam dificultar a presença de representantes dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas. A declaração ocorreu neste sábado, 2, durante participação na Feira Literária Internacional de Paraty, no Rio de Janeiro.
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“Não podemos aceitar que os países todos que estão preocupados com o futuro das suas existências, principalmente os países mais vulneráveis, não possam participar de uma das COPs mais importantes da nossa história”, disse Marina.
A ministra ressaltou que o governo tenta encontrar soluções para garantir a presença de delegações estrangeiras, sobretudo aquelas com menor capacidade financeira. Apesar dos obstáculos, ela descartou a possibilidade de transferir a conferência para outra cidade.
“O presidente Lula decidiu que a COP ia ser em Belém e trabalhamos muito para viabilizar que seja em Belém”, argumentou Marina. “Todos os esforços têm sido para a manutenção da decisão de ser uma COP em Belém. Claro que temos que superar todas as dificuldades.”
Países pedem transferência de sede da COP30
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, informou que diversos países pressionam o Brasil a transferir a sede do evento. O principal motivo seria o aumento significativo nos preços de hospedagens durante a conferência.
Alguns hotéis têm adotado estratégias incomuns para inflacionar os valores durante a COP30. O antigo “Hotel Nota 10”, por exemplo, cobrava R$ 70 por noite em abril de 2023. Com a proximidade da conferência, mudou o nome para “Hotel COP30” e passou a anunciar diárias de R$ 5,6 mil.
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O estabelecimento está situado na Travessa 1º de Março, no Bairro Campina — cerca de seis quilômetros do Centro de Convenções da Amazônia, local-sede do evento.
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