Em oitiva com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid, afirmou que os atos do dia 8 de janeiro de 2023 “foi uma surpresa para todo mundo”.
A fala de Cid aconteceu em novembro do ano passado, quando Moraes interrogou o militar. Na ocasião, o tenente-coronel disse que os militares estavam de férias e não tinham conhecimento prévio dos eventos, o que corrobora para desmontar a narrativa sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Além disso, o militar enfatizou também que os manifestantes do dia 8 de janeiro foram pessoas que vieram “de fora” de Brasília.
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“Os militares já estavam todos de férias, eu já estava desligado, eu já estava de férias na casa do meu irmão. (…) foi uma surpresa muito grande”, declarou Mauro Cid.
O ex-ajudante de ordens da presidência da República declarou que, à época, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já estava nos Estados Unidos e que as manifestações em frente ao Quartel-General do Exército estavam diminuindo.
“O QG do Exército foi quase esvaziado”, disse o militar. “É que eu morava ali, eu morava do lado da manifestação. E ali, a partir do dia 29, 30, o negócio foi reduzindo bastante. Os caminhoneiros saíram todos. Eu lembro que de duas em duas horas, tinha um buzinaço que eles faziam. Já não tinha mais caminhoneiro; foi reduzindo, reduzindo, reduzindo.”
Alexandre de Moraes levantou sigilo do acordo de delação premiada de Mauro Cid
Nesta quarta-feira, 19, o ministro Alexandre de Moraes levantou o sigilo do acordo de delação premiada de Mauro Cid.
A colaboração entre Cid e a Polícia Federal (PF) foi homologada por Moraes em 9 de setembro de 2023. Cid atuou como ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro nos quatro anos de governo.
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