A mineradora saudita Ma’aden desmentiu a informação do ministro de Minas e Energia do governo Lula, Alexandre Silveira, de que investiria R$ 8 bilhões no Brasil. O anúncio ocorreu na semana passada, durante um evento em Riade, capital da Arábia Saudita.
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Na ocasião, Silveira declarou aos jornalistas que a Ma’aden abriria um escritório em São Paulo. Esse fato, portanto, abriria oportunidades para investimentos vultosos no mapeamento geológico brasileiro. O ministro mencionou a perspectiva de aportes financeiros em torno de R$ 8 bilhões.
“A Ma’aden, que é o braço operacional da Arábia Saudita no setor de mineração, vai se instalar em São Paulo com um escritório pela primeira vez”, disse Silveira, na terça-feira 14. “Como ela é sócia do PIF, que é o grande fundo gerido pelo Príncipe Herdeiro, isso abre uma perspectiva de recursos muito vultosos; falaram em torno de R$ 8 bilhões para mapeamento geológico no Brasil.”
O que diz a mineradora, e o recuo do governo
Contudo, uma fonte da própria Ma’aden informou ao jornal Folha de S.Paulo que a mineradora planeja apenas a abertura de um pequeno escritório na capital paulista, focado na negociação de fosfato. Depois de indagação sobre o valor, a fonte declarou que “não há nada vindo da gente”.
O Ministério de Minas e Energia explicou que Silveira se referia a possíveis investimentos da Arábia Saudita, e não especificamente da Ma’aden. A pasta não detalhou como ou quando ocorreria a aplicação desses recursos.
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Até a manhã desta terça-feira, 21, a página oficial do ministério ainda afirmava que Silveira havia anunciado o investimento de R$ 8 bilhões pela Ma’aden.
Às 11h19 desta terça, a publicação recebeu uma atualização. O editor alterou a informação de que o ministro ”anunciou o investimento” para Silveira foi ”informado da intenção de investimentos da Arábia Saudita no Brasil de até R$ 8 bilhões”.
Fundada em 1997, a Ma’aden é uma das maiores mineradoras do mundo, com 65% de suas ações controladas pelo governo saudita. A empresa expandiu suas operações além do ouro, abrangendo fosfato, alumínio e outros minerais.
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