Nesta sexta-feira, 18, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusou Jair Bolsonaro e o deputado licenciado Eduardo (PL-SP) de “ousadia criminosa”.
O ex-presidente foi alvo de uma operação da Polícia Federal, mais cedo, por ordem de Moraes. O juiz do STF estabeleceu medidas restritivas, entre elas, uso de tornozeleira eletrônica.
Conforme Moraes, Eduardo e seu pai têm obstruído a Justiça e tentado intimidá-la coma a ajuda de um “Estado estrangeiro”. A decisão do magistrado veio dias depois de o governo Donald Trump anunciar um tarifaço de 50% ao Brasil. O republicano citou Bolsonaro e o processo ao qual ele está submetido no STF. Trump criticou ainda o Judiciário brasileiro.
“A ousadia criminosa parece não ter limites, com as diversas postagens em redes sociais e declarações na imprensa atentatórias à soberania nacional e à independência do Poder Judiciário, inclusive, em 11/7/2025, o réu Jair Bolsonaro publicou postagem na rede social X, divulgando vídeo de entrevista do presidente dos Estados Unidos da América”, observou Moraes. “A conduta do réu Jair Bolsonaro, em tese caracterizadora dos crimes de coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal), obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa (art. 2º, § 1 º, da Lei 12.850/13) e atentado à soberania (art. 359-I do Código Penal), é tão grave e despudorada que na data de hoje (17/7/2025), em entrevista coletiva, sem qualquer respeito à soberania nacional do povo brasileiro, à Constituição Federal e à independência do Poder Judiciário, expressamente, confessou sua consciente e voluntária atuação criminosa na extorsão que se pretende contra a Justiça brasileira, condicionando o fim da taxação/sanção à sua própria anistia.”
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