A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro gerou confusão.
No despacho, publicado nesta quarta-feira, 6, o ministro liberou visitas de “cunhadas” do ex-presidente, mas não citou as noras de Bolsonaro.
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“AUTORIZO as visitas dos filhos, cunhadas, netas e netos do custodiado, sem necessidade de prévia comunicação, com a observância das determinações legais e judiciais anteriormente fixadas”, diz um trecho da decisão do ministro.
Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro na segunda-feira 4. Na ordem, ele mencionou posts dos filhos do ex-presidente feitos no contexto das manifestações do domingo 3, quando multidões foram às ruas pelo impeachment do ministro e pelo fim do governo Lula.
Assessoria disse que Moraes manterá conteúdo da decisão
A escolha dos termos causou questionamentos, pois, “nora” designa a mulher do filho, enquanto “cunhada” se refere à irmã do cônjuge ou mulher do irmão.
Dessa forma, a definição correta para as mulheres dos filhos de Bolsonaro seria “noras”, não “cunhadas”.
O despacho pode indicar confusão sobre os laços familiares, já que Bolsonaro possui filhos homens adultos, cujas mulheres são suas noras.
Se Moraes pensou nas mulheres de irmãos do ex-presidente ou em irmãs da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, teria deixado de mencionar as noras, mães dos netos de Bolsonaro.
Ao jornal Poder360, a equipe do ministro declarou que “prevalece o que está escrito na decisão do ministro”.
Flávio Bolsonaro visita o ex-presidente
Mais cedo, amparado pela decisão de Moraes, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) visitou seu pai.
Ao falar com jornalistas na entrada do condomínio, o senador afirmou que Moraes não está fazendo favor à família ao autorizar as visitas.
“Ele [Moraes] sabia que a situação estava repercutindo negativamente para ele, especialmente porque ultrapassou um limite ético e moral ao atingir a família de alguém que está investigando e deseja condenar”, afirmou.
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