Durante o interrogatório de Walter Braga Netto nesta terça-feira, 10, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ironizou a prisão do ex-ministro da Defesa na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Ao iniciar os questionamentos, Moraes disse: “O senhor já foi preso alguma vez?”. Ao passo que Braga Netto respondeu que “eu estou preso, senhor presidente”.
“Fora essa vez”, prosseguiu Moraes. O ex-ministro negou ter sido preso anteriormente, momento que o magistrado ironizou: “Eu sei que o senhor está preso, eu que decretei”.
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O general da reserva Braga Netto foi preso no fim do ano passado, no âmbito da operação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF), a qual apura a suposta tentativa de golpe de Estado e a abolição do Estado Democrático de Direito depois das eleições de 2022.
De acordo com a PF, o ex-ministro da Defesa seria um dos supostos articuladores de um suposto plano para manter Bolsonaro. Em depoimento, Braga Netto negou que tivesse sido discutido um plano de golpe de Estado ou de estado de sítio.
Moraes indaga sobre a relação de Braga Netto e Mauro Cid
O ministro Alexandre de Moraes indagou a Braga Netto sobre sua relação com Mauro Cid. O general da reserva negou ter qualquer ligação com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, além de ter negado o repasse de dinheiro para o suposto plano de golpe.
“Para mim, o tenente-coronel Mauro Cid faltou com a verdade”, afirmou Braga Netto. “Nunca dei dinheiro ao tenente-coronel Cid, não tinha contato com empresários. Eles estavam mais interessados no Bolsonaro do que em mim. Então não pedi dinheiro e não entreguei dinheiro para ninguém.”
O ex-ministro apenas confirmou ser amigo do pai de Mauro Cid, o general Mauro Lourena Cid. “Eu nunca liguei para o tenente-coronel, foi o pai dele quem me ligou e pediu apoio político para o filho”, salientou.
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