A ex-ministra da Saúde Nísia Trindade afirmou que houve uma campanha “sistemática e misógina” enquanto esteve à frente da pasta. Durante sua despedida, na cerimônia de posse do novo ministro Alexandre Padilha, nesta segunda-feira, 10, se queixou desse tipo de dificuldade durante sua gestão.
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Nísia não hesitou em falar sobre o que considerou uma campanha de desvalorização contra seu trabalho. “Não posso esquecer que, durante os 25 meses em que fui ministra, uma campanha sistemática e misógina ocorreu de desvalorização do meu trabalho, da minha capacidade e da minha idoneidade.”
Ela ressaltou que não aceita esse tipo de comportamento político e que a sociedade não deve tratá-lo como algo natural, declarando: “Não é possível e não aceito, e acho que não devemos aceitar como natural um comportamento político dessa natureza”.
Ela também reforçou a necessidade de “maturidade política e compreensão” sobre as demandas do país e ressaltou que está pensando em sua trajetória daqui para a frente. “No meu caso, é hora de seguir em frente.”
Nísia falou sobre trabalho no SUS
A ex-ministra também falou sobre seu legado à frente do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela afirmou que sua principal contribuição foi a reconstrução do SUS e destacou o orgulho de ter sido ministra da Saúde. “Creio que seja esse o legado que deixo, reconstruir o SUS e a capacidade de gestão do Ministério da Saúde. Tenho orgulho de afirmar que fui ministra do SUS”, afirmou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na ocasião da saída de Nísia, no final de fevereiro, afirmou que a mudança foi feita porque precisava de “mais agressividade política”. Padilha, que anteriormente ocupava o cargo de ministro de Relações Institucionais, assumiu o Ministério da Saúde.
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Ele já havia ocupado o cargo entre 2011 e 2014, no governo de Dilma Rousseff (PT). Entre 2015 e 2016 foi secretário municipal da Saúde na Prefeitura de São Paulo, durante a gestão de Fernando Haddad.
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