O partido Novo quer convocar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para explicar a participação de uma Organização Não Governamental (ONG) suspeita de vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC) em reuniões da pasta.
O pedido formal de convocação de Lewandowski vai ser protocolado na Câmara dos Deputados na volta do recesso legislativo, pela líder do Novo, Adriana Ventura (SP), e pelo deputado Marcel van Hattem (RS).
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O requerimento sinaliza que a ONG Pacto Social e Carcerário de SP teria integrado rodas de discussões com dirigentes do Ministério da Justiça. A organização também participou de audiência no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Conforme investigações, a ONG seria fachada para atividades do PCC, uma das principais facções criminosas do país, com dirigentes já presos em operações da polícia.
Segundo o requerimento, “se, de fato, as regras foram alteradas e agora o ministro recebe faccionados do PCC, presume-se que os atendeu com ciência de quem eram”. “Caso contrário, as supostas mudanças no esquema de segurança alardeadas em 2023 foram para inglês ver”, indicou o documento.
Ida de Lewandowski à Câmara é “essencial para esclarecer os fatos”
Segundo os deputados signatários, Adriana Ventura e Marcel van Hattem, o comparecimento do ministro da Justiça é “essencial para esclarecer os fatos” e “garantir que o Executivo atue dentro dos princípios éticos e legais”.
Adriana Ventura afirmou que “é inadmissível que o ministério responsável pela segurança pública receba representantes de organizações ligadas ao crime organizado, especialmente quando há investigações e provas que apontam para essa relação direta”.
“A transparência precisa ser a base das ações do governo. Não é aceitável que reuniões com potenciais criminosos sejam tratadas como normais em um órgão que deveria combatê-los”, finalizou.
Já Marcel van Hattem destacou que o partido alerta, desde as eleições, “sobre os vínculos do PT com o crime organizado”. “Enfrentamos até censura por expor essa realidade”, disse.
“Agora, com o Ministério da Justiça abrindo suas portas para representantes ligados ao PCC, assim como já havia feito com o Comando Vermelho, nossos alertas se confirmam de forma clara e inegável”, declarou. “Não podemos permitir que o Brasil se torne um narcoestado, onde o crime organizado dita as regras. Exigimos respostas imediatas do governo e rejeitamos qualquer tipo de diálogo com criminosos.”
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