A Conferência Nacional de Meio Ambiente foi criada pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil como
uma iniciativa para promover a participação social na formulação de políticas públicas ambientais. Sua
importância está em reunir diversos setores da sociedade para debater temas cruciais, como mudanças
climáticas, preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. Essas conferências são fundamentais
para fortalecer a governança participativa e buscar soluções coletivas para desafios ambientais, como a
redução de emissões de gases de efeito estufa e a adaptação às mudanças climáticas. Além disso, elas
ajudam a conscientizar a população sobre práticas sustentáveis e a importância de proteger os recursos
naturais para as futuras gerações.
Os profissionais da área tecnológica têm ampla participação nas questões ambientais e climáticas. Seja
atuando diretamente através de seus conhecimentos específicos, como os geógrafos, geólogos,
agrônomos, engenheiros ambientais, engenheiros florestais, meteorologistas etc., sejam aqueles que,
mesmo indiretamente através da adoção de técnicas sustentáveis, integram o esforço coletivo para o
meio ambiente equilibrado. E não são poucas as áreas abrangidas pela Engenharia que englobam esta
categoria, a medida em que, por exemplo, no saneamento ambiental, contidas aí as questões de resíduos
sólidos, tratamento de água, tratamento de esgotos e drenagem. Não menos também, na geração de
energias limpas e renováveis como a solar, a eólica, a hidráulica e os combustíveis renováveis. Em todas
as cadeias produtivas da atividade humana cabe a visão da sustentabilidade, desde as obras civis que
adotam as boas práticas, controlando a origem e o destino de seus insumos e serviços; no mesmo sentido,
a atividade industrial quando busca certificações cada vez mais completas de adoção de práticas
sustentáveis. Isto para não citar os avanços da agroindústria na conservação de solos, adubação,
reaproveitamento de resíduos e geração de energia.
Conquanto toda atividade humana gere resíduos, que podem ou não ser potencialmente agressivos ao
meio ambiente, cabe aos profissionais das mais diversas áreas do conhecimento, e em especial àqueles
das áreas afetas às Engenharias, às Geociências e Tecnologia, atuarem conscientemente na redução
drástica destes impactos. Demonstrar este comprometimento ultrapassa o saber acadêmico,
incorporando a sustentabilidade a todos os procedimentos profissionais, e mesmo pessoais. As questões
ambientais e climáticas somente podem ser combatidas por esforços coletivos, porém, a origem destes
esforços remanesce na sinergia das atitudes individuais, onde cada ser humano tenha consciência da
importância de suas atitudes no processo global. Assim, ao esforço da tecnologia em transformar seus
processos deve ser somada a importância de uma Educação Ambiental ampla e acessível a toda a
sociedade que viabilizem os ganhos da Engenharia e Geociências para todos os cidadãos. Desde 1973
afirmava profeticamente E. F. Schumacher (Zahar,1981) que na relação custo-benefício envolvendo
questões ambientais, o verdadeiro “benefício” deveria incluir o bem-estar das pessoas e a
sustentabilidade a longo prazo, enquanto os “custos” deveriam considerar os danos ao meio ambiente e
à sociedade. Essa visão é especialmente relevante hoje, em um mundo que busca equilibrar
desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental.
Em sua quinta edição foram convocadas pela Conferência Nacional as Conferências Locais, que
poderiam ser municipais ou regionais. Seguindo a orientação da SEMIL, alguns municípios da região
sudoeste da RMSP reuniram-se para realizar a Conferência Local em formato de uma Conferência
Intermunicipal do Meio Ambiente. Desta forma, os municípios de Itapecerica da Serra, Embu das Artes,
São Lourenço da Serra, Juquitiba e Embu Guaçu, reuniram esforços junto aos seus respectivos
Conselhos Municipais de Meio Ambiente e a sociedade civil organizada realizaram no último dia 25 de
janeiro, no auditório do Complexo Administrativo da Prefeitura de Itapecerica da Serra a 1ª Conferência
Intermunicipal de Meio Ambiente. A Associação de Engenheiros e Arquitetos de Itapecerica da Serra –
AEAIS, que é integrada por quatro dos cinco municípios organizadores participou ativamente do evento,
que teve apoio oficial do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo – CREASP, contando com seus membros tanto no nível governamental, quanto na sociedade civil.
Lembrete: Para serviços técnicos, contrate sempre um profissional habilitado e exija a emissão da
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.
Geografo Marcelo Rodrigues da Motta
CREA 0601140895
Fonte: https://www.correiodeitapecerica.com.br/o-papel-da-engenharia-na-conferencia-nacional-do-meio-ambiente-porgeografo-marcelo-rodrigues-da-motta/