Mais de 26.000 imagens foram sinalizadas para remoção em banco de dados obtido por agência. A grande maioria delas retrata mulheres, minorias, negros e hispânicos. Em alguns casos, elas serão expurgadas apenas porque os arquivos incluíam a palavra “gay”. Imagem de Boeing B-29 chamado “Enola Gay” será excluída dos registros do Pentágono
U.S. Air Force via AP
Milhares de fotos e postagens online feitas pelas Forças Armadas dos Estados Unidos com conteúdo sobre diversidade e inclusão começaram a ser removidas pelo Pentágono, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
A agência teve acesso a um banco de dados que sinaliza mais de 26 mil imagens para serem excluídas de diversas plataformas. A grande maioria delas retrata mulheres, minorias, negros e hispânicos. Em alguns casos, elas serão expurgadas apenas porque os arquivos incluíam a palavra “gay”.
Referências a um ganhador da Medalha de Honra da Segunda Guerra Mundial, à aeronave Enola Gay que lançou uma bomba atômica no Japão e às primeiras mulheres a passar pelo treinamento de infantaria da Marinha estão entre elas.
A ordem para a remoção em massa partiu do secretário de Defesa, Pete Hegseth. Ele deu até quarta-feira (12) para que os militares removam qualquer conteúdo DEI – “diversidade, equidade e inclusão” no jargão do mundo corporativo – para cumprir a ordem executiva do presidente Donald Trump que encerrou esses programas no governo federal.
Questionado sobre o banco de dados a que a AP teve acesso, o porta-voz do Pentágono, John Ullyot, disse que os esforços para colocar um grupo à frente do outro por meio de programas DEI corroem a camaradagem dentro das Forças Armadas e afirmou:
“Estamos satisfeitos com a rápida conformidade em todo o Departamento com a diretiva que remove conteúdo DEI de todas as plataformas. Nos raros casos em que o conteúdo removido está fora do escopo claramente delineado da diretiva, instruímos os componentes adequadamente”.
Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/03/07/pentagono-inicia-remocao-de-conteudo-sobre-diversidade-apos-ordem-do-governo-trump.ghtml