Petróleo dispara com ataque de Israel ao Irã

Petróleo dispara com ataque de Israel ao Irã

O preço do petróleo disparou nesta sexta-feira, 13, depois de Israel bombardear instalações militares e nucleares no Irã. O mercado reagiu com forte volatilidade diante do risco de um novo conflito no Oriente Médio, que pode afetar o fornecimento global de energia.

O barril tipo Brent subia 7,77% por volta das 9h45 e era negociado a US$ 74,75. Mais cedo, atingiu US$ 78,50, o maior valor desde janeiro. O petróleo WTI também avançava — subia 8,38% e era cotado a US$ 73,74. Ambos registraram os maiores saltos intradiários desde a Guerra da Ucrânia, em 2022.

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Israel afirmou que destruiu fábricas de mísseis balísticos, instalações nucleares e bases militares iranianas. O Irã, em contrapartida, prometeu responder com severidade.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump pediu que Teerã aceite um novo acordo para evitar “os próximos ataques já planejados”.

Mesmo sem danos à infraestrutura energética, o petróleo acumulou alta de US$ 10 nos últimos três dias. A Companhia Nacional Iraniana de Refino informou que todas as instalações seguem operando normalmente. Ainda assim, o temor de interrupções elevou os preços.

Analistas indicam o Estreito de Ormuz como o ponto mais vulnerável. Cerca de 20% do petróleo mundial passa pela hidrovia. O fluxo permanece normal, mas o JPMorgan advertiu que qualquer bloqueio pode elevar o barril para a faixa de US$ 120 a US$ 130.

Amarpreet Singh, analista do Barclays, afirmou que a alta ainda não reflete quedas na produção. Janiv Shah, da Rystad, disse que o mercado testa os limites da especulação e que a cotação deve enfrentar resistência caso o conflito não se amplifique.

Bolsas reagem com pânico ao ataque ao Irã e buscam proteção no ouro

As bolsas da Ásia fecharam em queda. O índice Nikkei caiu 0,89% no Japão. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,59%. Em Xangai, o SSEC perdeu 0,75% e o CSI 300 registrou queda de 0,72%.

Na Europa, o Euro Stoxx 50 recuava 1,30% às 8h05, com cinco sessões consecutivas de baixa, a maior sequência desde setembro de 2024. O DAX caiu 1,12% na Alemanha. O CAC 40 perdeu 0,77% na França. O FTSE 100 recuou 1,62% no Reino Unido, enquanto o IBEX 35 caiu 1,28% na Espanha.

Nos Estados Unidos, os contratos futuros das bolsas operavam em baixa. O S&P 500 caía 0,84%. O Nasdaq 100 recuava 1,12% e o Dow Jones registrava queda de 0,91%. As ações da Chevron e da ExxonMobil avançavam cerca de 3%.

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O estrategista Frank Oland, do Danske Bank, afirma que o mercado ainda não sabe se o conflito escalará. Segundo ele, caso a guerra não avance, os investidores devem redirecionar o foco para outros temas nos próximos dias.

Enquanto isso, o ouro subia 1,25% e era negociado a US$ 3.440, reforçando a busca por ativos de proteção diante do aumento do risco geopolítico.

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Fonte: https://revistaoeste.com/economia/petroleo-dispara-com-ataque-de-israel-ao-ira/

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