A Praça dos Três Poderes foi reaberta na manhã deste domingo, 27, em Brasília, depois de dois dias de interdição. Policiais militares do Distrito Federal liberaram dois acessos na estrutura de gradis metálicos instalada na última sexta-feira, 25. O restante do cercamento permanece no local, com controle de acesso mantido pela Secretaria de Segurança Pública.
Segundo os policiais destacados para o patrulhamento da área, o atual esquema de segurança seguirá vigente por tempo indeterminado, até nova orientação. Com a liberação parcial, visitantes e turistas voltaram a acessar três pontos turísticos situados na praça: o Museu Histórico de Brasília, o Panteão da Pátria e a Casa de Chá.
A reabertura ocorre depois de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou na sexta-feira a retirada de parlamentares e outras pessoas que estavam acampadas diante do prédio do Supremo.
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A decisão não previa o fechamento da praça, mas impôs a “remoção imediata e proibição de acesso e permanência” de indivíduos envolvidos em “possível prática criminosa” nas imediações da Suprema Corte. Moraes atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizou o uso da força policial para efetivar a ordem.
No despacho, o ministro citou publicações feitas em redes sociais como justificativa para a intervenção, como uma postagem feita às 19h35 do dia 25 de julho pelo perfil Vox Liberdade, que dizia: “Está pegando tração na Praça dos Três Poderes, mais barracas chegando”.
A determinação também estabeleceu a proibição de novos acampamentos “em um raio de 1 km da Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios e, obviamente, em frente aos quartéis das Forças Armadas”. A ordem foi reforçada com a exigência de que “a remoção deverá ser realizada imediatamente”.
Manifestação na Praça dos Três Poderes motivou interdição do local
A manifestação que motivou a interdição começou na sexta-feira, quando o deputado federal Helio Lopes (PL-RJ) montou uma barraca em frente ao STF, em protesto contra decisões judiciais que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação atraiu outros parlamentares, como Coronel Chrisóstomo e Rodrigo da Zaeli, também citados na decisão de Moraes.
A Polícia Federal foi incumbida de intimar pessoalmente o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para que tomasse as providências determinadas pelo Supremo. Por volta da 1h da madrugada de sábado, o governador foi até a praça e, depois de negociar com os manifestantes, os deputados desmontaram o acampamento e deixaram o local.
Apesar da reabertura parcial, o policiamento permanece intensificado. Uma viatura e uma van da PMDF estão posicionadas no local, e os agentes impedem a aproximação de visitantes das grades instaladas diante do prédio do STF. Uma viatura da Polícia Judiciária também segue estacionada em frente ao Supremo.
A reabertura completa da praça depende de avaliações feitas pelos setores de inteligência. Um dos fatores observados pelas autoridades é a eventual convocação de novas mobilizações por meio das redes sociais. Até nova ordem, o controle de acesso e o reforço na segurança permanecem.
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