A imposição de prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou repercussões internacionais e acirrou o clima entre Brasil e Estados Unidos. A avaliação é de Steve Bannon, ex-estrategista do presidente norte-americano Donald Trump.
Em vídeo publicado na segunda-feira 4, no X, Bannon comenta a prisão de Bolsonaro e reforça que a decisão de Moraes ocorreu depois da divulgação de mensagens que mostravam as movimentações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra os detidos do 8 de janeiro.
“Isso acontece – e estou lendo aqui um tuíte de Michael Shellenberger – poucas horas depois da divulgação de documentos do 8 de Janeiro, que mostram atividades ilegais por parte do juiz mais poderoso da Suprema Corte do Brasil, Alexandre de Moraes”, disse Bannon, conforme publicado pelo site Public.
Mensagens vazadas e prisão de Bolsonaro
A declaração ocorre em meio à pressão de integrantes do movimento Make America Great Again (MAGA), ligado a Trump, para que os Estados Unidos considerem impor sanções contra o Brasil por causa do processo envolvendo Bolsonaro.
Bannon também comentou as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo 3, durante evento do PT, em que atacou as tarifas norte-americanas e defendeu o uso de moedas alternativas ao dólar.
De acordo com o Public, administrado por Shellenberger, o gabinete de Moraes teria utilizado postagens antigas nas redes sociais de presos do 8 de Janeiro como critério para manter ou revogar prisões.
A decisão contra Bolsonaro foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares. Segundo Moraes, o ex-presidente agiu de forma coordenada com aliados e familiares para incentivar ataques ao STF e apoiar a ideia de uma intervenção internacional no Judiciário brasileiro.
Bolsonaro já era monitorado por tornozeleira eletrônica e proibido de usar redes sociais. Agora, com a nova decisão, passa a cumprir prisão domiciliar com restrições mais severas: só poderá receber visitas de familiares e advogados, está proibido de fazer gravações ou tirar fotos durante esses encontros, e teve os celulares recolhidos.
Em caso de nova violação das medidas, a pena pode ser convertida em prisão preventiva.
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