Promotores sugerem poupar Trump de pena de prisão no caso envolvendo atriz pornô

Promotores sugerem poupar Trump de pena de prisão no caso envolvendo atriz pornô

Promotores enviaram documento ao juiz do caso, afirmando que não existe uma exigência para que o presidente eleito seja sentenciado à prisão. Autoridades, no entanto, rejeitam a hipótese de arquivamento do caso. Trump dançando antes do resultado das eleições presidenciais, em 6 de novembro de 2024
REUTERS/Carlos Barria
Promotores sugeriram a um juiz de Nova York a possibilidade de poupar Donald Trump de uma pena de prisão, nesta terça-feira (10), no caso que envolve o pagamento pelo silêncio de uma atriz pornô. O presidente eleito dos Estados Unidos foi condenado criminalmente no processo.
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Em um documento judicial, os promotores pediram ao juiz Juan Merchan que negue o pedido da defesa de Trump para arquivar o caso. Os advogados argumentaram que o arquivamento é necessário para não colocar em dúvida a capacidade de o republicano governar os Estados Unidos.
Diante das preocupações sobre uma possível prisão do presidente eleito, os promotores afirmaram que não existe uma exigência para que o juiz condene Trump à cadeia.
Eles afirmaram ainda que o juiz Merchan poderia concluir que a imunidade presidencial contra processos exige uma sentença de não encarceramento.
“Essa limitação constitucional sobre a gama de sentenças disponíveis diminuiria ainda mais qualquer impacto sobre a tomada de decisão presidencial do réu, sem chegar ao ponto de descartar completamente o indiciamento e o veredicto do júri”, escreveram os promotores.
O processo se originou de um pagamento de US$ 130 mil dólares que o ex-advogado de Trump Michael Cohen fez à atriz pornô Stormy Daniels. Segundo as investigações, ela recebeu o dinheiro em troca de silência sobre um encontro sexual entre os dois antes da eleição de 2016.
Cohen teria adiantado o dinheiro à atriz com recursos próprios e recuperou o valor mais tarde, por meio de uma série de pagamentos que a empresa de Trump registrou como despesas legais.
Em maio, um júri de Manhattan considerou Trump culpado de 34 acusações de fraude contábil para encobrir o reembolso a Cohen. Foi a primeira vez que um presidente dos EUA — antigo ou em exercício — foi condenado ou acusado de um delito criminal.
No mês passado, Merchan adiou indefinidamente a sentença de Trump, que havia sido agendada para 26 de novembro, para dar a ele a chance de pedir o arquivamento.
Em um documento, os promotores repetiram a sugestão de que o juiz adiasse todos os procedimentos — inclusive a sentença — até que Trump deixe a Casa Branca em janeiro de 2029.
A infração de fraude contábil pode render até quatro anos de prisão, mas o encarceramento não é obrigatório, segundo a lei norte-americana.
Antes da vitória de Trump nas eleições presidenciais, especialistas jurídicos disseram à Reuters que era improvável que ele fosse condenado à prisão por não ter histórico criminal e pela idade avançada, mas que o encarceramento não era impossível.
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Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/10/promotores-sugerem-poupar-trump-de-pena-de-prisao-no-caso-envolvendo-atriz-porno.ghtml

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