Quaest: maioria dos brasileiros rejeita discursos de conflito entre ricos e pobres

Quaest: maioria dos brasileiros rejeita discursos de conflito entre ricos e pobres

Uma pesquisa Quaest, a pedido da Genial Investimentos, mostrou que a maioria dos brasileiros rejeita discursos que opõem ricos e pobres, de modo a indicar preocupação com o aumento de conflitos e polarização social. Os dados revelaram tendências sobre temas econômicos e tributários, discutidos atualmente no país.

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O levantamento ouviu pouco mais de 2 mil pessoas, todas com 16 anos ou mais, entre os dias 10 e 14 de julho. O estudo apresenta margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%.

Entre os entrevistados, 53% consideram negativo o discurso que coloca ricos contra pobres, enquanto 38% aprovam a abordagem, por expor privilégios. Outros 9% não opinaram.

Taxação dos super-ricos e isenção aos mais pobres

O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendem a taxação dos ‘super-ricos’ | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendem a taxação dos ‘super-ricos’ | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No que se refere à tributação, 60% dos entrevistados apoiam o aumento da alíquota do Imposto de Renda (IR) para os super-ricos. Outros 35% se manifestam contra essa elevação e 5% não souberam ou preferiram não responder.

Já o apoio à ampliação da faixa de isenção do IR alcança 75%, enquanto 21% se opõem à medida e 4% não se posicionaram.

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O estudo também mostra que 63% defendem elevar impostos dos mais ricos para reduzir a carga dos mais pobres, enquanto 33% discordam dessa redistribuição e 1% não opinou. As opiniões refletem o debate em torno da proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que sugere isenção para salários até R$ 5 mil e novas alíquotas para rendimentos acima de R$ 50 mil mensais, que enfrentam resistência no Congresso.

Repercussão política e mobilização social

Depois da rejeição do aumento do IOF pelo Congresso, em 25 de junho, setores de esquerda intensificaram críticas aos super-ricos e reforçaram campanhas a favor da reforma do IR. O governo aproveitou o contexto para argumentar que a taxação dos mais ricos é “fundamental para o equilíbrio das contas públicas”.

Durante evento em Salvador, em 2 de julho, Lula apresentou o cartaz da campanha “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets”. Ele reiterou nas redes sociais que “é sobre mais justiça tributária e menos desigualdade”.

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O Partido dos Trabalhadores e aliados mobilizaram redes sociais em defesa da taxação dos super-ricos e criticaram a postura do Congresso, com expressões como “Congresso inimigo do povo”. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi alvo de vídeos, os quais o mencionaram como o “Hugo nem se importa”.

No dia 10 de julho, movimentos sociais, parlamentares de esquerda e partidos realizaram um ato na Avenida Paulista. A manifestação teve como foco a rejeição às decisões do Congresso em relação à reforma tributária.

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Fonte: https://revistaoeste.com/politica/quaest-maioria-dos-brasileiros-rejeita-discursos-de-conflito-entre-ricos-e-pobres/

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