Quem são as autoridades e ditadores que não podem entrar nos EUA?

Quem são as autoridades e ditadores que não podem entrar nos EUA?

Enquanto o governo Lula exalta e recebe figuras como Nicolás Maduro, Daniel Ortega e Cristina Kirchner, os Estados Unidos as mantêm à margem de qualquer cerimônia oficial e, principalmente, fora do território norte-americano.

Os nomes que hoje ocupam o centro de regimes autoritários ou promovem censura judicial em seus países são os mesmos que Washington D.C. rejeita como interlocutores legítimos.

Isso inclui, mais recentemente, ministros brasileiros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Roberto Barroso.

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Em maio de 2017, o Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções econômicas a Maikel Moreno, presidente do Tribunal Supremo da Venezuela. Também sancionou sete magistrados da Sala Constitucional por “usurpar a autoridade” da Assembleia Nacional.

Os protestos eclodiram quando o tribunal retirou as funções do Parlamento, então controlado pela oposição. Mesmo revertendo a decisão dias depois, o regime ampliou o conflito.

Nicolás Maduro anunciou que criaria uma Assembleia Constituinte para reformar a Constituição. A oposição classificou a iniciativa como tentativa de manter-se no poder sem eleições. A repressão nas ruas resultou em mais de 40 mortes desde o início de abril daquele ano.

Quase três anos depois, em março de 2020, o Departamento de Justiça dos EUA acusou Maduro e outros líderes chavistas de promover o narcoterrorismo. Ao todo, mais de 10 países da América proíbem a entrada do ditador.  

Segundo o governo norte-americano, eles teriam “participado de uma associação criminosa que envolve uma organização terrorista extremamente violenta, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, e de um esforço para inundar os EUA com cocaína”.

EUA tratam Ortega como tirano enquanto Lula mantém o silêncio

A Nicarágua, por sua vez, carrega um histórico semelhante. Em novembro de 2021, o governo de Joe Biden proibiu a entrada de Daniel Ortega nos EUA. A medida também alcançou sua mulher, o vice-presidente e outros integrantes do regime sandinista.

“A repressão e os abusos do governo de Ortega e de seus apoiadores exigem que os EUA ajam”, justificou Biden. “Decidi que é do interesse dos EUA restringir e suspender a entrada de membros do governo da Nicarágua.”

Agora, em junho de 2025, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a ampliação das sanções contra a ditadura de Ortega. A medida, portanto, incluiu mais 250 funcionários do regime nicaraguense.

Governo Trump proíbe entrada de Cristina Kirchner

Em março deste ano, o governo norte-americano proibiu a entrada de Cristina Kirchner nos EUA. A Casa Branca justificou a medida com base no “envolvimento em corrupção significativa” da ex-presidente argentina.

Na quarta-feira 16, o Judiciário da Argentina determinou que Kirchner e outros oito réus condenados no caso Vialidad depositem a quantia de 684,9 bilhões de pesos, cerca de R$ 3 bilhões, como ressarcimento pelos danos causados aos cofres públicos.

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O escândalo envolve irregularidades em contratos de infraestrutura na Província de Santa Cruz, reduto político da família Kirchner. Esta é a primeira vez que a Suprema Corte do país confirma uma condenação contra a ex-presidente.

EUA reagem a abusos do STF com sanção diplomática

No último sábado, 19, o governo dos EUA suspendeu os vistos de Alexandre de Moraes e de outros sete ministros do STF. Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes sofreram a retirada do documento.

A ação de Washington D.C. responde às medidas judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e à perseguição contra opositores do atual governo brasileiro.

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Fonte: https://revistaoeste.com/politica/eua-isolam-figuras-que-o-governo-lula-valoriza-como-parceiros/

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