Senadores do Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, reagiram com indignação à ordem de prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente, nesta segunda-feira, 4.
Na ordem de prisão contra Bolsonaro, Moraes mencionou posts dos filhos do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
Conforme o magistrado, os filhos do ex-presidente divulgaram vídeos dele nos protestos deste domingo 3.
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Em nota enviada à Revista Oeste, o senador Izalci Lucas (PL-DF), líder da oposição no Congresso, afirmou que a prisão de Bolsonaro “agrava a crise institucional”. O senador também cobrou uma reação do Legislativo.
Para o parlamentar, a prisão de Bolsonaro “dobrou a aposta” na repressão e ameaça diretamente a liberdade de expressão e a democracia.
“Não vamos desistir do Brasil”, afirmou o senador, destacando que a resposta virá tanto das ruas, por meio da mobilização popular, quanto do Congresso Nacional.
Izalci também pede que a Câmara dos Deputados dê prioridade ao projeto de anistia aos manifestantes.
“A aposta foi dobrada”, escreveu o senador Jorge Seif (PL-SC) em publicação no X. “Clara reação ao sucesso das manifestações de ontem, além da aplicação da Magnitsky. É ditadura. É regime. É vingança.”
Senadores pedem impeachment de Moraes
O senador Carlos Portinho (PL-RJ) disse que “a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro vem para calar, de vez, o maior líder deste país”.
Portinho também cita a decisão de Moraes que impôs o uso de tornozeleira eletrônica ao senador Marcos do Val (Podemos-ES).
“Violam, em ambos os casos, o devido processo legal e Moraes chuta as prerrogativas parlamentares”, afirmou Portinho em publicação no X.
Por fim, o senador disse que a oposição conseguirá as cinco assinaturas para pautar o pedido de impeachment contra Moraes e cobrar reação dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
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A decisão de Moraes ocorre um dia depois das manifestações que levaram multidões às ruas pedindo o impeachment do ministro e o fim do governo Lula.
Além disso, nesta segunda, os jornalistas David Ágape, Eli Vieira e Michael Shellenberger divulgaram a segunda parte do escândalo que ficou conhecido como “vaza toga”. Mensagens obtidas por eles mostram que Moraes teria criado um tipo de tribunal paralelo para perseguir alvos específicos com base em informações de redes sociais e conversas em grupos privados.
“Estamos diante de mais um ataque ao Estado de Direito, em que princípios como o devido processo legal, a presunção de inocência e a ampla defesa são desrespeitados”, disse o senador Marcos Rogério (PL-RO).
“Vingança não é justiça”, disse o senador Magno Malta (PL-ES) pelo X. “Abuso de poder. Impeachment de Moraes. Brasil refém.”
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